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BOZO NOVO NORMAL

 


Para quem se dizia que nem no dentista fechava a boca, até que as últimas semanas têm mostrado um presidente mais comedido, no falar.

Com tantos assuntos explosivos, onde qualquer fagulha pode acender o curto pavio e provocar uma catástrofe, tem surpreendido até Bonner ao divulgar o DataFolha.

É melhor aprender a engolir sapos legislativos recochonchudos do que moscas, na boca sempre aberta.

O incrível e extraordinário é o bem que a convivência com o Centrão tem causado.

Prova  maior que os antigos companheiros é que não eram bem centrados.

Esqueceram as promessas do batismo político e quiseram cometer os mesmos pecados, mantendo as aparências dos santos que prometiam ser.

O esperto capitão percebeu e mandou todos pr’ aquele lugar, no linguajar pouco escorreito das reuniões ministeriais. Se deu muito bem na troca.

A grande dúvida que só estudos mais aprofundados poderão tirar, é o que fez mais bem ao Presidente.

A cloroquina ou a doença tratada?

Da quarentena quase obedecida, saiu uma pessoa mais sensata.

Alguém que percebeu que não custa nada fazer como todos os cidadãos, mortais, tementes a Deus e à maior praga que já afetou a humanidade.

Quando percebeu que nem só as bichas-loucas estavam usando máscara e que o aperto de mão foi substituído por um leve toque de cotovelo, resolveu fazer igual. Viu que não tirou nenhum pedaço, incluído o que mais temia.

Os trezentos cordeiros de Brasília, com o líder maior no doce exílio em Washington e os outros marcados nos tornozelos, deram uma trégua .

Passaram ao trabalho exclusivamente em home office, dispensados os robôs eletrônicos infectados pelo vírus Alexandre STF.

Os garotos numerados, bem adaptados às teleaulas nunca mais fizeram das suas. Sem traquinagens, ocupam-se agora em colecionar crachás e livro de ponto de fantasmas.

Um hobby que toma todo o tempo antes desperdiçado em provocações cifradas no Twitter.

Depois que o  casal sub-20 resolveu sair da toca e foi anelado, o perigo era o periquito não querer levar sozinho a fama do milho ter rachado.

Nada que uma promessa a São Gilmar, o santo protetor dos engaiolados, não resolva.

A experiência de quem já foi casado outras vezes,  ajudou.

Logo depois do divórcio, dizem, é melhor procurar outras amizades e ambientes não frequentados pela parelha separada.

Evita constrangimentos.

Para espairecer, nada como uma visita aos irmãos paraíbas, agora que estão montados na grana preta dos 600 paus.

Descobrir que naquelas lonjuras, uma turma animada, gosta de festa, é uma beleza.

Em Belém do Pará foi um círio fora de época.

No Piauí, ficaram em dúvida se não seria o nine fingers de volta, sem barba.

Para confirmar o noivado com o povão, só falta agora a cerimônia  do banho que Rogério Marinho está preparando no poço do Assu.

Daqui pra frente e até 2022, é só pingar todo mês na Caixa, o bolsa-capitão que a reeleição está garantida.

E olhe lá, se pra evitar aglomerações, não for por aclamação.

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