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Comunicação com transparência é o grande desafio da missão de Fátima a Europa

Hoje foi o primeiro dia de trabalho oficial do Consórcio Nordeste em terras francesas.

Cedo, a Governadora Fátima fez questão de prestar contas da agenda nas suas redes sociais.

O look diverge do uniforme de trabalho usado nos dias de batente no RN.

Lá, optou por jeans e camisa mais um abrigo de frio. Um traje um tanto destoante das demais autoridades que vestem terno, gravata e sobretudo.

Há liturgia do cargo no vestir, no falar, no comunicar.

Porque ali não está apenas uma mulher de origem popular que foi eleita pelo povo potiguar. Ali está O POVO do Rio Grande do Norte, que quer e merece se fazer bem representado.

Será a necessidade de reafirmar o uniforme de professora ou simples opção pelo conforto de um longo dia fora de seu habitat natural?

Ontem, ao postar fotografias no Grand Palais, levando queijo de manteiga potiguar para uma feira do ramo em Paris também surpreendeu ao comparar o prédio histórico e imponente – pela própria natureza – com “nossa Ceasa”, central de abastecimento de frutas e verduras, localizado na Av. Mor Gouveia de Natal.

Como diria o comezinho ditado “não pega uma letra”; nem na função, forma, localização, higiene, história, cotidiano, nada a ver mesmo.

Se Fátima tenta tornar sua missão mais palatável à retórica da “origem popular” da campanha, precisa lembrar apenas da velha lição de comunicação e por que não da pedagogia, não é possível agredir os fatos.

A presença do Rio Grande do Norte na missão internacional é importante, sim.

É uma tentativa de captação de novos recursos para região mais pobre do país.

E se ela mesma tem dúvida e teme críticas – ainda infundadas – basta responder a pergunta :

– o que esses mesmos críticos estariam falando se o RN estivesse ausente, quando todos os estados do Nordeste mandaram seus representantes?

A viagem é legítima, necessária e poderá trazer novas oportunidades ao Nordeste brasileiro.

Para isso não precisa comparar queijo coalho ou manteiga com Camembert.

Eles são deliciosos com características próprias e incomparáveis.

Assim como são as diversidades oceânicas entre realidades difíceis de ser aproximadas sem cair na falta de autenticidade ou até na desrespeitosa atitude de subestimar a inteligência alheia.

Porque a verdade é soberana, seja em português, francês ou chinês.

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