9 de novembro de 2025
Educação

Decisão do Tribunal de Justiça destaca que insolvência do RN não foi causada por piso de professores

O Tribunal Pleno do TJRN não acolheu o pedido  feito pela Procuradoria Geral de Justiça, pedindo suspensão de reajuste anual ao piso dos professores sob o argumento que geraria grave lesão orçamentária ao Estado.

Conforme a decisão, que teve a relatoria da desembargadora Berenice Capuxú, o orçamento estatal deficitário não decorre essencialmente do reajuste implementado pela norma, mas pela  “inexistência de política governamental eficiente”, de médio e longo prazos.

De acordo com a decisão, o reajuste anual atinge a expectativa de mais de 14.500 professores ativos, sem contabilizar inativos e pensionistas e os servidores públicos titulares do cargo de especialista em educação (ativos, inativos e pensionistas).

“A legislação nacional que impõe o reajuste anual do piso salarial do magistério contém mecanismos que asseguram o repasse de recursos adicionais, o que impede o comprometimento significativo das finanças dos entes federados, notadamente daqueles que se encontram em situação orçamentária delicada”, esclarece a relatora.
“Com a devida vênia, a argumentação não se mostra suficiente para possibilitar a concessão da tutela de urgência”, reforça a relatora, ao ressaltar que, em se tratando de orçamento, especialmente se considerada sua “grandiosidade”, não é razoável limitar a abordagem a um único ponto, no caso, as consequências advindas unicamente do reajuste de uma classe de servidores, até porque há outros aspectos que nele impactam substancialmente, a exemplo da arrecadação tributária.

“Para se ter uma ideia, a despeito da requerente haver destacado que o reajuste “geraria o impacto total de R$ 175.627.888,79 e o orçamento estatal de 2025 é de 23 bilhões de reais, particularidade que não pode ser ignorada”, enfatiza a relatora.

DO TL 

Apesar da ação ter sido patrocinada pelo Ministério Público, este ponto foi diversas vezes usado por pessoas do Governo Fátima Bezerra, inclusive argumentando que o Rio Grande do Norte é um dos poucos estados do país a cumprir o reajuste para servidores da Educação aposentados.

Agora, a decisão enfática se  RN está insolvente .. não é culpa dos professores.

 

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