Nas conversas que teve com integrantes da CPI da Pandemia ao longo desta quarta-feira, o deputado Luis Miranda deixou evidente que ele e seu irmão, o servidor da Saúde ameaçado pelo Planalto, têm ampla documentação do processo e dos movimentos deles para denunciar internamente, no governo, a corrupção na Saúde.
A prova maior das falas de Miranda sobre Bolsonaro é clara: ele denunciou um fato grave ao presidente, com documentos e com o servidor diretamente envolvido no ponto crítico da operação, o momento da “canetada”.
Se o irmão do deputado fosse integrante do esquema, teria assinado e o país teria mais um serviço sujo para o inventário da história. Como não assinou e ainda comunicou ao presidente o fato, Bolsonaro terá que lutar contra uma forte denúncia de prevaricação.
“Derrubo a República com o que sei”, disse Miranda ao relator da CPI, Renan Calheiros.
DO TL
Miranda será ouvido amanhã e antes já solicitou a CPI a prisão do ministro Onyx Lorenzoni por “coação de testemunha”.
Ontem, o ministro palaciano rebateu todas as acusações de Miranda e ainda disse que ele pagará pelo que está fazendo:
“Deputado Luis Miranda, Deus está vendo. Mas, o senhor não vai só se entender com Deus, vai se entender com a gente também. O senhor vai explicar e vai pagar pela irresponsabilidade, mau-caratismo, má fé, denunciação caluniosa e produção de provas falsas”.