Em quatro meses de combate ao Coronavirus no Rio Grande do Norte há mais do que curvas de contágio, transmissão e ocupação de leitos a serem vistas no horizonte.
Há mudanças de posturas políticas e administrativas a serem observadas. Um exemplo claro é o da Governadora Fátima Bezerra.Nos três primeiros meses de pandemia, ninguém mais do que ela obedeceu o Isolamento Social e cumpriu um lockdown voluntário, se impondo agenda apenas virtual – e constante – com sua equipe, demais Poderes e classes produtoras do Estado.
A assessoria justificava que a Governadora é do grupo de risco por ter mais de 60 anos, histórico de ex-fumante e, portanto, merecia mais cautela no quesito prevenção.
Enquanto o recolhimento era incontestável, o aumento de infectados, a pressão por leitos em na Grande Natal e na região Oeste do RN foi se agravando.
Os municípios tentando fazer o dever de casa com prefeitos no front, nas redes sociais sob o olhar de uma população assustada.
O Rio Grande do Norte ganhou páginas e telas nobres do jornalismo brasileiro com filas de pacientes não atendidos, colapso na rede estadual, pessoas morrendo nas filas por uma UTI. Foram dez dias consecutivos no Jornal Nacional.
E a Governadora? #Emcasa, com seus assessores em coletivas diárias pedindo às pessoas para ficarem em casa também. Foram dias e dias de abertura de leitos sendo adiadas para “próximas semanas”, filas aumentando e o potiguar … adoecendo. Por outro lado, não se via aqui números discrepantes de contágio, se comparados a outros estados do Nordeste do país.Pelo contrário. Enquanto o RN contabiliza hoje 39.524 casos confirmados, a Paraíba tem 60.784, Alagoas 43. 330, Ceará 136.786.
Mas esses Estados não tiveram o caos repercutido e ampliado como o RN, por quê? Terá sido má vontade da imprensa potiguar e nacional ? Evidentemente que não..
Temos que fazer a mea-culpa necessária para constatar o obvio; perdemos tempo, demoramos a ter os primeiros resultados da ampliação necessária na combalida rede hospitalar.
Agora, de patinho feio a cisne lindo do Nordeste; o RN é o único com curva em queda, número de ocupação de leitos em declínio e taxa de transmissão controlada em patamar aceitável.
Coincide com o momento que a Governadora sai da toca, passa a ser presença mais frequente nas entrevistas coletivas e tenta ganhar o tempo perdido para mostrar trabalho e resultados.
Sim, eles existem!!E foram imprescindíveis para essa mudança de patamar na geografia brasileira do Coronavirus. Hoje, são 510 leitos exclusivos para pacientes com Covid-19, sendo 281 UTIs e 229 clínicos e de estabilização.
Hoje, a secretária de Comunicação do Estado, Guia Dantas usou suas redes socais para falar sobre as conquistas atuais e expor esse sentimento de que o Governo Fátima, até agora, vem perdendo a guerra perante a opinião publica:
Sem publicidade, passamos meses literalmente “apanhando” por uma suposta ineficiência do estado, um discurso fabricado que se ancorava no fato de o #GovernoDoRN não implantar um hospital de campanha. Ora bolas, foi estabelecida uma rede de hospitais regionalizada em todo o RN.
A “suposta” ineficiência não é tão subjetiva quanto possa parecer, é real e tem rostos, nomes.
Agora, uma nova fase, o Governo do Estado – com atraso – se alia ao trabalho iniciado pelas Prefeituras e faz a diferença nos resultados. A união de esforços tão exitosa em outros estados da federação chega por aqui, apesar dos pesares.
Que este novo momento venha pra ficar. Que as boas notícias sejam crescentes e constantes…