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Imposto de arma zerado; mais uma cortina de fumaça na corrida pela vacina

Depois de participar de uma exposição de trajes da posse com a primeira-dama, o presidente Jair Bolsonaro comemora hoje em suas Reds sociais  o anúncio da CAMEX zerando o imposto de importação de revólveres e pistolas.

A mudança na alíquota, que era de 20% até então, foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira e citada pelo presidente Jair Bolsonaro em rede social.

A redução no imposto tem exceções. Ela não incide em espingardas e carabinas, armas de caça, armas de fogo carregáveis exclusivamente pela boca, pistolas lança-foguetes e outros aparelhos concebidos apenas para lançar foguetes de sinalização, pistolas e revólveres para tiro de festim, pistolas de êmbolo cativo para abater animais e canhões lança-amarras.

A medida entra em vigor em 1º de janeiro do ano que vem. A resolução é assinada pelo presidente do Comitê-Executivo de Gestão Substituto e secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys.

A flexibilização da posse e porte de armas é uma das principais bandeiras de Bolsonaro. Em reunião ministerial do dia 22 de abril, que teve sua gravação divulgada, o presidente disse que queria “todo mundo armado”.

DO TL 

A notícia chega – e não por acaso – na semana que o mundo celebra as primeiras vacinações contra o Covid-19 no Reino Unido.

No dia que o brasileiro, fora da bolha bolsonarista, espera e clama por uma arma contra a doença que tirou mais de 170 mil vidas no país e que o impede de sair de casa, de viver uma vida normal.

Abraçando pais e filhos, sem ódio e sem medo.

 

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