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Jean Paul Prates define Reforma de Fátima como “ajuste” e sai em defesa da Governadora

 

O Senador Jean Paul Prates foi uma das vozes petistas mais veementes na discussão da Reforma da Previdência, ano passado, no Congresso Nacional.

Cumpriu sem retoques  o script de petista e oposição .

Agora, a fatura de lá chega aqui, no combalido Rio Grande do Norte, administrado pela companheira Fátima Bezerra.

E agora Jean Paul? –  indagou este Território Livre , nesta segunda de retomada do ano de 2020.

Do jeito que se esperava: a aparente contradição entre protestar contra a reforma federal e ter que realizar esse ajuste ao nível estadual contra o relógio adiciona uma componente política: os próprios defensores da reforma federal, aqui majoritariamente adversários da Governadora, têm a oportunidade de colocá-la em xeque acirrando o ânimo do debate com as categorias afetadas.

O Senador consegue diferenciar a Reforma de Fátima da Reforma de Bolsonaro. Mais. Ele consegue enxergar a de cá de forma mais benéfica ao trabalhador do que a de lá…

Considero este um AJUSTE, não propriamente uma “reforma”. Ele é inevitável, embora ainda sujeito a diálogo, críticas e aprimoramentos em função (1) da reforma nacional – que passou apesar de nossos esforços em tentar amenizar seus efeitos mais negativos e aprimorar outros aspectos da estrutura republicana na Economia, e (2) para atacar problemas previdenciários causados pelo inchaço demagógico da máquina estadual (anos 80) e terceirizações (anos 90-10), alguns praticados por lideranças políticas que hoje ensaiam críticas, a meu ver um pouco oportunistas...

Este TL questionou se a postura em defesa da Governadora, e de enxergar a necessidade de fazer a Reforma, o coloca em campo oposto da Deputada Natália Bonavides.

Responde o técnico mais político e agregador que o PT poderia esperar:

Natália está discutindo a questão. Não creio que ela tenha dito que seja contra. Inclusive ouviu muitos argumentos de Fátima e ela disponibilizou TODOS os secretários e técnicos do governo envolvidos para explicar e debater publicamente as mudanças propostas. Precisamos aguardar e ver se será contra mesmo depois deste período de conhecimento mais aprofundado.

O discurso do Senador do PT é que a Reforma da Previdência é um fato consumado, posto e aprovado, que os estados têm obrigação de se adequar. Acredita que o feito em nível nacional foi danoso à classe trabalhadora por não ser única medida, uma vez que a União dispõe de outros meios/formas de arrecadação.

Apenas e tão somente DIANTE DO FATO CONSUMADO de termos perdido as votações no Congresso e ter sido aprovada uma reforma mais rude e mais penalizadora que o necessário, a nosso ver, torna-se INEVITÁVEL realizar um AJUSTE ao nível estadual, que regularize a situação caótica que foi encontrada e amenize algumas aspectos da reforma federal. Isso é diferente de ser simplesmente A FAVOR.

E deixa claro que a discussão só está começando. Aberta e democrática, como preconiza o Partido e o espírito de luta dos que tanto combateram as famigeradas Reformas .

E é neste momento que mostra o desejo/vontade/intenção de defender o Governo que ajudou a eleger. Quando analisa um debate diferente do que esbraveja os Sindicatos, porta-vozes da classe trabalhadora, outrora tão prestigiados pelo Poder de plantão.

Disse o Senador:

É assim: já que as circunstâncias nos obrigam, o melhor é fazer algo nosso, discutido e adaptado à nossa realidade, do que (por decurso de prazo) a reforma federal ser integral e automaticamente aplicada.

Discussão um tanto questionável, haja vista a ausência da Governadora na leitura da mensagem Anual na Casa do Povo. Assim como as paralisações das categorias que pululam nos próximos dias RN afora.

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