Do Radar na Veja
Um dos articuladores do jantar de Lula com caciques do MDB na noite desta segunda-feira, em Brasília, o senador Jean Paul Prates (PT-RN) afirmou nesta terça que o objetivo do encontro foi aproximar o candidato que lidera as pesquisas para o Palácio do Planalto dos senadores que têm interesse em ouvi-lo, independente de já estarem alinhados eleitoralmente com o petista para este ano.
Diante do clima de conspiração de emedebistas contra a candidatura à Presidência de Simone Tebet pelo partido, o líder da minoria no Senado fez questão de afirmar que nenhuma outra candidatura, que não a de Lula, foi mencionada durante o jantar.
“Embora genericamente o Presidente, sempre com respeito absoluto à candidatura da senadora Simone Tebet, tenha se referido à importância de uma união das forças democráticas”, declarou.
Ele destacou também que havia participantes de várias siglas no jantar e disse que as circunstâncias eleitorais de alguns estados, especialmente no Nordeste, e o histórico de relacionamento entre os líderes locais com o PT “fazem com que a participação do MDB tenha chamado maior atenção da imprensa.”
Ainda segundo Prates, o encontro serviu para que senadores e senadoras retomassem contato ou, em alguns casos, conhecessem Lula pessoalmente
O ex-presidente pôde conversar individualmente com parlamentares e escutou sugestões para o seu plano de governo.
DO TL: PRATES COSTURA ALIANÇA PT + MDB DESDE JANEIRO
Não é novidade para o leitor potiguar que o senador Jean Paul Prates (PT) tenta costurar aliança do PT com MDB. E não de hoje.
Em janeiro, quando recebeu em sua casa a amiga senadora Simone Tebet, que passava dias de férias no RN, fez questão de convidar o presidente do MDB, Walter Alves e o pai, Garibaldi para participarem do encontro.
Naquele momento, a prioridade de Prates era garantir sua candidatura à reeleição e ter um Alves na vice parecia ser o melhor caminho para excluir o primo Carlos Eduardo (PDT) do Senado ao lado de Fátima.
O planejado para o Senado não deu certo, mas a vice tudo indica que sim.
Menos pela inegável habilidade do senador e bem mais pela estratégia nacional da cúpula do PT.
A mesma que lhe tirou da condição de pré-candidato à reeleição.