Fonte: The New York Times, 22/05/2020
Os medicamentos contra a malária, hidroxicloroquina e cloroquina não ajudaram os pacientes com coronavírus e podem ter causado danos.
É o que diz um novo estudo baseado nos registros de quase 15.000 pacientes que receberam os medicamentos e 81.000 não.
A hidroxicloroquina é a droga que o presidente Trump defendeu e que ele disse estar tomando na esperança de prevenir a infecção por coronavírus.
As pessoas que receberam os medicamentos apresentaram maior probabilidade de ter ritmos cardíacos anormais, de acordo com o estudo, publicado no The Lancet.
Mas o estudo foi observacional, o que significa que os pacientes não foram escolhidos aleatoriamente para receber o medicamento ou não. Este tipo de estudo não pode fornecer evidências definitivas sobre segurança e eficácia de medicamentos.
Mesmo assim, os autores do estudo recomendaram que os medicamentos não fossem usados fora dos ensaios clínicos e disseram que estudos cuidadosamente controlados eram urgentemente necessários.
TL comenta:
Nos protocolos adotados em hospitais da rede privada de Natal, a hidroxicloroquina vem sendo utilizada em casos iniciais, aos primeiros sintomas.
Seus adeptos atribuem ao medicamento, a redução dos números de internações em UTIs e entubações.
Nas farmácias da cidade, os estoques estão zerados.