16 de abril de 2024
Realeza

O QUE SOBRA DA VIDA DE UM PRÍNCIPE

William, Príncipe de Gales e Harry, Duque de Sussex (2018) – Nicky Philipps, Galeria Nacional dos Retratos, Londres.


Com tantas incertezas enquanto a ilha se distanciava do continente, o sono dos ingleses foi tirado  por uma simples troca de domicílio de um jovem casal.

Foi só o sexto da vez, numa fila que não andava há 67 anos, anunciar  que iria  se afastar um pouco da casa da vó,para o tempo fechar e o fog tomar conta de toda Albion.

Henrique Carlos Alberto Davi, o  Duque de Sussex,  filho de Carlos III, e sua primeira esposa, Diana, Princesa de Gales, agora   é o quinto na linha de sucessão ao trono britânico, atrás do seu irmão Guilherme, Príncipe de Gales e dos três sobrinhos.

O menino que cresceu em meio a uma tragédia, é visto como la pecora nera da família.

O ruivo, com jeito sapeca, foi jovem sem rebeldias, cumpridor das maçantes obrigações cerimoniais.

Ao procurar a cara-metade, não deu bolas para as alcoviteiras reais.

Encontrou uma atriz de sucesso.

Estrangeira e afrodescendente.

O valente príncipe, milionário, poderia viver de flozô.

Para ouriçar mais ainda os parasitas da corte, tinha  planos altruístas.

E rentáveis.

Iria  se dedicar a uma ONG em ações humanitárias e na preservação da natureza e defesa dos animais ameaçados de extinção.

Com dois filhos pequenos, Archie Harrison, de 3 anos, e Lilibet Diana, de 1 ano e meio, o ex-casal real mora numa mansão de 20 milhões de dólares, em Santa Bárbara, Califórnia.

Lançada há poucos dias, sua autobiografia já pode ser considerada a de maior sucesso desde que Gutenberg criou os tipos móveis.

Spare – O que Sobra, na edição em português – traz em mais de 500 páginas, detalhes da vida de contos de fadas que nenhum jornalista de tabloide sensacionalista seria capaz de imaginar.

Das briguinhas familiares, ciúmes, detalhes e pequenas inconfidências dos recantos menos iluminados de uma vida de sonhos, às amargas lembranças das suas duas passagens como combatente na Guerra do Afeganistão, confessando o uso de cocaína e a  morte de  25 pessoas.

Segundo ele, os soldados eram instruídos a não ver os membros do Talibã como pessoas.

Na publicação, ele esclarece que “não está orgulhoso nem envergonhado” pelo ocorrido. Mas que sua confissão provavelmente “fará dele e de sua família,  um alvo terrorista maior”.

E já avisou que ainda tem muito mais pra contar.

Deus salve o príncipe rebelde.

William, Príncipe de Gales; Príncipe Harry, Duque de Sussex; Rei Carlos III; Diana, Princesa de Gales (1991) – Armstrong Jones – Galeria Nacional dos Retratos, Londres

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