Falar depois do resultado posto é fácil.
Fato é que em setembro, quando o presidente Jair Bolsonaro desfrutava o auge da aprovação ungida pelo Auxílio Emergencial de R$ 600, a expectativa era que seu apoio pudesse ser definitivo nos pleitos municipais.
Quem não tinha seu apoio tácito e/ou explícito era melhor esconder suas ligações nacionais.
A realidade das urnas no Brasil inteiro é de seu enfraquecimento político. A hora é do Centro fortalecido.
Natal não foi diferente.
Os candidatos à Prefeitura de Natal que buscaram colar suas imagens e propostas no Presidente Jair Bolsonaro não tiveram bom retorno.
Se somarmos os percentuais do Delegado Sérgio Leocádio (PSL), Coronel Hélio (PRTB) e Coronel Azevedo (PRTB) tiveram juntos 14,85% dos votos de Natal .
É praticamente o tamanho do PT de Jean Paul Prates nas urnas, sozinho. Se somado aos demais candidatos de esquerda, o desequilíbrio penderá para o anti-bolsonarismo.
Evidente que não há uma matemática exata nessa projeção, mas um sentimento que confirma a maioria do centro na capital potiguar.
Os extremos não somaram hoje nem 30% do eleitorado de Natal. Isso sinaliza, sim, um novo caminho diferente de 2018 quando Bolsonaro teve 52,98% dos votos na capital potiguar.