Não é de Carlos Drummond de Andrade o elogio ao indivíduo genial que dividiu o tempo em fatias.
Atribuído a ele, é dos mais repetidos poemas nos dias que antecedem o Ano Novo.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez.
A autoria também é creditada ao jornalista Roberto Pompeu de Toledo.
E negada.
O gênio de Itabira não fatiou o tempo mas deu uma receita.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo. Eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
Com crenças no milagre da renovação e na esperança que daqui para frente tudo pode ser diferente, vamos receber em nossas redes sociais, estas e outras mensagens parecidas
Cem anos antes, o americano Walt Whitman marcava o calendário de outra maneira.
Para ele, o tempo é o de viver intensamente.
O pai dos versos livres deu um novo sentido ao termo latino, usado no passado mais remoto por quem não acreditava que tivesse muito mais o que viver pela frente.
Guerreiros, soldados e combatentes eram aconselhados a aproveitar o dia, viver o momento.
Carpe Diem.
Eles podiam não se repetir.
Sua fatia do tempo é 365 vezes menor.
A receita que vem de Nova Iorque, quando para ser servida em 12 meses, manda reservar.
O suficiente para um balanço do que passou e fazer a correção da rota a ser trilhada.
O que sai do forno, são os melhores desejos que o novo período, de uma volta da espaçonave Terra em torno do sol, conduza todos no rumo da felicidade.
Medida em horas, o suficiente para um giro do planeta azul no seu próprio eixo, o prazo exíguo não permite se deixar nada pra depois.
Aproveita o dia. Não deixes que termine sem teres crescido um pouco. Não permitas que a vida se passe sem teres vivido.
O ano que já aponta na esquina, rendendo o mais angustiante de todos, traz uma mensagem a ser recebida com esperança renovada.
O pior já passou.
Tutto andrà bene!