E que galera é essa também, que impôs uma verdadeira prova de resistência aos telespectadores da Intetv Cabugi, que conseguiram ficar acordados até a primeira hora da madrugada desta quarta-feira, 28.
Fato é que o segundo debate da campanha de 2022 para o Governo do Rio Grande do Norte não se pode apontar um vencedor pela clareza de propostas, superioridade de discurso ou coerência política.
Ganha um doce no dia de Cosme e Damião quem conseguiu anotar uma proposta para o futuro governador do Rio Grande do Norte para o Turismo, por exemplo, a maior vocação de um estado que parece estagnado no circuito de dunas e mar.
O senador Styvenson Valentim (Podemos) focou na Segurança, na falta de estrutura para as Polícias do estado e acusou o secretário de Segurança de “mugangueiro”. Muganga, quem?
A candidata Clorisa Linhares (PMB) aproveitou para vender seu peixe de mulher preparada, versátil e de um currículo surpreendente. Para que não a conhecia, uma surpresa sobre a capacidade de ser agente penitenciária, advogada da área de família, contadora, empreendedora que gera empregos e ainda psicóloga em formação. Ufa!
Mas o que fazer para o RN melhor? Família, pátria e religião, aborto não.
Fábio Dantas (SDD) abordou a crise da Saúde, as filas para cirurgia e as estradas esburacadas RN afora. Errou ao exaltar a voz e invadir o tempo reservado para a fala da Governadora.
Ah, as estradas… Ah, os buracos…
O foco maior, resumindo a noite num duelo entre folhas de pessoal X estradas esburacadas. A governadora transformada em “ex-professora” e Fábio em “vice de Robinson”, o pior Governo que o RN já teve.
A propósito, Governo que ela mesma ajudou a eleger e ajudou a formar em seus primeiros anos de gestão. Falta verdade nas estocadas, ofensivas e defesas igualmente rasas.
Mais um debate que poderia ser oportunidade para se discutir propostas para um estado que precisa de esperança, projeto, visão de futuro.
Dobradinha clara da governadora Fátima Bezerra com o candidato do PSOL Daniel Silveira. Ambos afinados em pregar o voto útil no ex-presidente Lula desde o primeiro turno para livrar o Brasil do Bolsonarismo.
No fim, a necessária comparação com outros momentos como esse num passado não muito distante. Quando muito se pedia renovação e liberdade das oligarquias. O quadro mudou e não foi para melhor.
Até a ponte tão prometida por Miguel Mossoró, ligando o RN a Fernando de Noronha, fez falta. Era a capacidade de sonhar e ter esperança.
Ontem, a esperança não morreu para quem sonhou literalmente, desligando a TV mais cedo sem esperar um grande final, que não aconteceu.
No resumão, ponto para Fátima Bezerra que não deve ter sua liderança abalada por um fato novo a cinco dias da eleição.