Ícone do site Território Livre

Questão de lado: CPI da Covid revela respiradores ideológicos

A Operação Rebotalho deflagrada ontem para apurar compra de respiradores pela Prefeitura de Natal  trouxe uma prova e tanto sobre a (IN)coerência de parlamentares do Rio Grande do Norte.

Na mesma hora, a bancada da situação liderada pelo deputado Francisco do PT conseguia adiar a CPI da Covid na Assembleia legislativa do RN.

Desde o início, eles defendem que não há o que investigar. Mesmo admitindo compra equivocada do Governo do RN com pagamento antecipado de R$ 5 milhões para respiradores que nunca chegaram. Negociação feita pelo Consórcio Nordeste.

Horas depois, a (reduzida) bancada de oposição ao prefeito Álvaro Dias (PSDB) propõe uma CEI – Comissão especial de Investigação – para investigar a compra de respiradores pela Secretaria Municipal de Saúde.

A diferença é que a declaração não deve render muito além de saliva.

São apenas cinco vereadores, quando a necessidade para implantação é o dobro; dez assinaturas.

Os vereadores Robério Paulino (PSOL), Ana Paula (PL), Brisa Brachi (PT), Divandeide Basílio (PT) e Júlia Arruda (PC do B) defendem a CEI na Câmara e criticam, em tese, a CPI da Assembleia. Por quê? Respiradores político ideológicos, temos.

Investiga no Senado, investiga na Assembleia e quer investigar na Câmara.

O ponto de convergência é o  alinhamento político com a administração a ser alvo. E de divergência, o oposto.

Porque nunca foi uma questão de descobrir a verdade, mal feito ou negociações necessárias.

O objetivo que une é desgastar o adversário. Se tiver número, consegue. Do contrário, não sai do papel.

Sair da versão mobile