RN é o primeiro a ter a licença para produzir energia offshore

O Ibama liberou o primeiro projeto de geração de energia eólica offshore no Brasil. A autorização é para o Sítio de Testes de Aerogeradores Offshore que será implantado no litoral de Areia Branca, com capacidade instalada de até 24.5 megawatts (MW).
O Brasil, que já possui as melhores condições para a geração de energia limpa de todo o mundo, com o desenvolvimento deste projeto concebido pelo SENAI, liderado pelo professor norte-rio-grandense Rodrigo Melo, vai multiplicar as suas vantagens comparativas em nível mundial.
O projeto piloto é de responsabilidade do SENAI-RN, composto de uma estrutura construída em alto mar a uma distância de 15 a 20 quilômetros da costa.
Com sua reconhecida experiência em engenharia e inovação, a Dois A Engenharia — uma empresa local — desempenha um papel estratégico na coordenação do projeto em andamento.
A energia gerada será integralmente distribuída para consumo interno do Porto-Ilha, fortalecendo sua autossuficiência e minimizando a dependência de combustíveis fósseis.
Com inauguração prevista para 2027, o Sítio de Testes tem como principal objetivo fomentar o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil.
LIMITE OFFSHORE MULTIPLICA O POTENCIAL DO BRASIL POR TRÊS
Com um potencial estimado de 700 GW — o equivalente a 3,6 vezes a capacidade de energia já instalada no país —, a energia eólica offshore se destaca como uma oportunidade estratégica para diversificar a matriz energética brasileira e acelerar a transição para uma economia de baixo carbono.
Globalmente, a expectativa é que essa fonte alcance 316 GW até 2030, atraindo investimentos que superam US$ 1 trilhão. Além de ser crucial para o cumprimento das metas do Acordo de Paris, a expansão da energia eólica — tanto em terra quanto no mar — pode gerar 2,2 milhões de empregos mundialmente até o fim da década, conforme projeções da Agência Internacional de Energias Renováveis.
