O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, está mais sintonizado neste momento com os objetivos do presidente do que seu mentor, o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Originalmente assessor de Guedes na reforma da Previdência, com papel de destaque, Marinho ganhou como prêmio um ministério e logo se desgarrou de Guedes, juntando a fome com a vontade de comer.
Localizou na ânsia do presidente por popularidade no Nordeste, e na dos militares por obras de infraestrutura, um caminho para ganhar poder. Seu comentário na entrevista ao GLOBO, de que nenhuma região é propriedade de um partido, tem direção certa.O equilíbrio fiscal que Paulo Guedes defende a ferro e fogo está claramente ameaça- do pela vontade do grupo majoritário no go- verno, que quer que ele arrume “um dinheirinho “ como definiu Flavio Bolsonaro.
TL COMENTA
A afinidade do Presidente Jair Bolsonaro com o ministro potiguar acontece num momento em que apoiadores locais de primeira hora e sem qualquer expressão político-eleitoral tentam monitorar a agenda presidencial no RN próximo dia 21.
Querem inclusive minar a força de Marinho.
A opção de Bolsonaro é previsível se olharmos o histórico recente; a importância dada a pauta de Marinho em detrimento da de Guedes ou a relevância que tem dado aos pedidos dos novos aliados do Centrão.
Bolsonaro pode ter suas limitações ao se expressar e se fazer entender sem estocar seguimentos importantes da sociedade, mas sabe que política se faz com operação de soma.
É por isso que depois de quase 30 anos de Congresso, chegou lá, convencendo essa mesma turma sem expressão que era a novidade, o novo Messias.