TRATAMENTO PRECOCE, INJUSTIÇA TARDIA

A lapidar descrição do país por Tim Maia, sempre ganha extensões e puxadinhos.
Onde puta goza, traficante cheira e cafetão tem ciúmes.
Tom Jobim, o maestro soberano, incluiu carro usado custa mais que um novo.
Todo esquerdista que se preza já botou na boca do síndico do soul, a ideologia política no bananão, ‘onde pobre é de direita’.
A Pandemia abriu mais uma brecha para que neste imenso pastoril, mais um canto seja entoado, enaltecendo a jaboticaba da vez.
Não há no mundo, outro lugar onde foram caçados tantos médicos veteranos.
Para os cruzados desta profana inquisição, quem não foi abatido na linha de frente e ousou escapar, ainda não pode contar sua história.
Teve de ouvir calado e escondido, as acusações criminais, como se o trabalho perigoso tivesse, não somente sido em vão, como a depender do que divulgam com estardalhaço as manchetes de jornal e chamadas dos noticiários da imaculada TV, fosse parte de uma trama satânica de genocidas, nazifascista em conluio colaboracionista com os invasores pandêmicos.
Por sucessivos decretos, consultórios e ambulatórios estiveram lacrados, proibidos de atender, restando aos adoecidos uma única orientação da ciência oficial.
Procurar apenas os serviços de pronto-socorro.
E quantos voltassem do atendimento negado, ou com as mãos abanando a única receita autorizada pela autoridades sanitárias em seus plantões vespertinos nas lives campeãs de audiência, as estatísticas oficiais não registram.
Voltem quando estiverem com falta de ar que serão entubados, e se os respiradores já pagos, tiverem chegado, serão salvos.
Ninguém lembra mais que o furacão que varreu unidades de pronto atendimento e UTIs, afastando pelo medo da morte e pavor em levar para casa a doença que avançava sem clemência, só pôde ser enfrentado depois da circulação de uma notícia alvissareira.
Em algum outro lugar, havia sido acesa uma pequena chama que iluminava a escuridão.
Como antes da medicina baseada em evidências, termo de aceitação universal que mal completou a maioridade legal, relatos de casos, observações pessoais e experiências bem sucedidas eram verdades transitórias.
Uma droga, já utilizada em outras epidemias, vinha obtendo êxito na abordagem inicial, nos primeiros dias do contágio, pelas propriedades de inibir a multiplicação viral.
Ao reposicionamento do medicamento, atribuída também uma possível ação profilática, nem o mais intransigente douto promotor da farmacocinética midiática pode negar reconhecimento.
Efeito placebo (aceito pelos mais ortodoxos cientistas) ou não, a manutenção das escalas de plantonistas hospitalares penduraram uma dívida impagável com o remédio que continua tratando cavalos e eliminando piolhos de humanos.
Sem comprovação científica, médicos, enfermeiros e técnicos confiaram em dois ou três comprimidos baratinhos, para continuar indo ao trabalho insalubre, enquanto as hienas que fuçavam as covas rasas, permaneciam entocadas em seus lockdowns.
Notas do Redator
1.
O nome da vermifuga heroína não consta deste texto, para evitar a censura que sobrevive nas plataformas digitais
2.
O autor esclarece que já foi médico, sem nunca ter sido doutor


*** Cientistas da era do Iluminismo usando equipamento científico, textos alquímicos e objetos religiosos

