7 estados dão sinais de movimento grevistas da Policia, RN de fora
Da Folha
O motim de militares no Ceará nesta quarta (19), quando o senador Cid Gomes (PDT-CE) foi baleado, aumentou a tensão entre governadores país afora. Há demandas de reajustes salariais em pelo menos outros sete estados.
A atitude de Romeu Zema (Novo-MG), de dar aumento de 41,7% para policiais, mesmo com as contas quebradas, repercutiu mal entre colegas, que agora dizem estar mais pressionados.
Para governadores, há ainda um agravante: as corporações têm se sentido mais fortes do que nunca sob Jair Bolsonaro.
A presença de aliados das forças de segurança no Congresso dão força a mobilizações, dizem governadores.
O presidente da Associação Nacional de Entidades Representativas de Policiais Militares e Bombeiros Militares, sargento Leonel Lucas, diz que a situação está mais complicada em três estados.
“Estamos temerosos com Ceará, Paraíba e Espírito Santo”, diz.
Há também demandas em Mato Grosso do Sul, Bahia, Santa Catarina, Pernambuco e Alagoas -nos dois últimos ainda restritas a policiais civis, que ameaçam parar durante o Carnaval.
Comandante-geral da PM da Paraíba, coronel Euller de Assis Chaves afirma que tem havido diálogo em seu estado e que o foco prioritário das reivindicações é pela redução na distância dos salários de servidores ativos e inativos.
Ele nega haver um movimento nacional.
Ainda. Ainda fora.
Policial que atua como bandido, tem que ser tratado como bandido, para que sejam coerentes com o discurso. Mas, corporativistas como são, podem quebrar tudo, ameaçar quem quiser, que não dará em nada. Nem um processo administrativo de verdade.
Parece que o Governo Federal já começa a enviar cabos e soldados para os Estados. Que democracia frágil!