Movimento suprapartidário pró-democracia cresce, mas Lula não quer se misturar
Por Mônica Bergamo na Folha
Lula já vinha recusando convites para participar de debates e eventos com os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer.
O petista tem dito a interlocutores que não considera mais que os dois, que apoiaram o impeachment de Dilma Rousseff, são democratas.
Na segunda (1º), Lula foi explícito em relação a FHC ao dizer que não assinaria manifestos contra Jair Bolsonaro “com determinadas pessoas”.
As pessoas que convivem com Lula relatam que uma das mágoas do petista em relação a FHC foi o fato de ele nunca ter saído em defesa do petista na época em que ele foi condenado à prisão.
O tucano várias vezes disse que Lula era um político preso, e não um preso político.
Já Temer não teria cumprido acordos políticos que teriam evitado a queda de Dilma, segundo relata Lula.
Os diferentes manifestos têm unido pessoas de polos extremos, como Caetano Veloso e Lobão.
Os organizadores do manifesto “Basta”, de advogados e juristas, conseguiram uma façanha: colocar no mesmo abaixo-assinado o ex-procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, estrela da Lava Jato, e um de seus maiores críticos, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay.
DO TL
A postura do ex-presidente Lula mostra que entre os interesses do PT e uma causa maior eles são … PT . Mesmo que isso importe na vida e sobrevivência do partido e de outros os outros mais amanhã. Ou depois de amanhã.
O PT e suas bandidagens, sem vergonha alguma de roubar e deixar roubar, não faz falta em movimentos suprapartidários. Por sinal, até tira a legitimidade do movimento.
Lula é ficha suja, é condenado, não pode ser candidato e lidera o PT, não lidera mais a esquerda. Com essa opinião, Lula demonstra que continua sendo o de sempre, egocêntrico.