Senador Jean Paul não quer esperar sessão presencial para retomar CPMI das Fake News
A decisão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), de adiar a retomada dos trabalhos presenciais para 15 de agosto prejudica o aprofundamento, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito das “Fake News”, das informações prestadas pelo Facebook. A empresa anunciou a remoção de perfis e contas falsas ligadas ao gabinete do presidente da República e de seus filhos.
Das três frentes abertas para a investigação das “fake news”, no Supremo Tribunal Federal, no Tribunal Superior Eleitoral e na CPMI do Congresso, é esta última aquela que mais condições teria de aprofundar as informações prestadas pelo Facebook sobre a suspensão das contas relacionadas ao gabinete do presidente da República e de seus filhos.
O senador Jean Paul Prates (PT-RN), integrante da CPMI, é favorável a que se retomem as audiências antes da volta dos trabalhos presenciais. E não descarta novos convites ao Facebook:
“É uma oportunidade para a empresa explicar as medidas que tem tomado e mostrar que seu lucro não depende de uso indevido”, diz.
Esta, no entanto, é uma decisão que cabe a Alcolumbre, uma vez que o ato que normatizou os trabalhos remotos também suspendeu o funcionamento de comissões e conselhos. O presidente do Senado, que ambiciona uma mudança nas regras que impedem sua recondução ao cargo, é favorecido pela redução de polêmicas proporcionada pelos trabalhos remotos da Casa.
A relatora da CPI, deputada Lídice da Mata (PSB-BA), prepara um relatório intermediário para sistematizar as informações colhidas pela CPMI até aqui. Os trabalhos na comissão começaram em setembro de 2019.
Pratinhas e mais quantos não querem esperar? Vá com calma, Pratas, você ainda tem 2 anos e 5 meses de mandato.