Rogério Marinho tenta explicar quebra de acordo entre Bolsonaro e Senado
O acerto previa a aprovação do texto sem alterações, evitando, assim, seu retorno à Câmara, e o veto de trechos específicos da matéria pelo governo federal.
De acordo com congressistas, na negociação, o Executivo comprometeu-se a derrubar três pontos e a manter o artigo 16, que permitia que estados e municípios renovassem contratos de programa — sem licitação — pelo prazo máximo de 30 anos.
Apesar do compromisso, o Planalto anunciou uma lista de 11 vetos, que inclui justamente o trecho que deveria ser preservado .
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, criticou a postura do governo e sugeriu que o veto será derrubado pelo parlamento.
“Compromissos são feitos para serem cumpridos. Se não houve por parte do governo a eficácia do entendimento, se houve um lapso do governo, a gente tem como corrigir e dar a resposta sobre o que foi construído na sessão do Congresso”.
Na CNN, noite de quarta-feira, Marinho tentou explicar as divergências sem piorar os ânimos acirrados. Ainda não conseguiu, segue em busca de uma narrativa que justifique a atitude do chefe.
Primeiro, Bolsonaro não tem palavra, é só olhar o que prometeu e já “desprometeu”.
Segundo, Bolsonaro quer derrubar Alcolumbre e Maia, e como já acha que vai conseguir, estica a corda.
Terceiro, Alcolumbre vai pagar o preço de notas tolas, sem convicção e sem a veemência que o poder legislativo pode ter. Acende uma vela pra Deus e outra pro diabo.