Estudo da “The Lancet” mostra que morreu mais gente no Brasil do que a média mundial na pandemia
Fernando Reinach é biólogo, integrante da Academia Brasileira de Ciências e PHD. Ele é colunista de Saúde do Estado de São Paulo e escreveu detalhadamente sobre a pandemia do Coronavirus, enquanto o novo vírus matava multidões no mundo.
Hoje, ele aborda um novo estudo publicado na revista The Lancet, com números e comparações sobre as curvas de mortes por Covis nos países.
Reinach destaca que o Brasil teve uma realidade agravada pela postura e decisões tomadas pelo Governo de Jair Bolsonaro.
O estudo coletou dados de infectados, internados e mortos em vários países até novembro de 2021.
E corrigiu os problemas de coleta de dados e casos de subnotificação.
Com base nesses dados e comparando o que ocorreu no Brasil com as médias mundiais, “fica claro que muitos brasileiros morreram por causa das medidas adotadas pelo atual governo”, escreve Reinach.
NÚMEROS INCONSTESTÁVEIS
No mundo todo, a Covid matou 194 pessoas a cada 100 mil habitantes. No Brasil esse número foi de 332.
Na Nova Zelândia esse número é 0,8 por 100 mil.
No planeta, a taxa de infecção por 100 habitantes foi de 49%; no Brasil, de 66%.
No Brasil 0,5% dos infectados morreram, enquanto no mundo esse número é de 0,4%.
QUANTAS MORTES PODERIAM TER SIDO EVITADAS
Calcular exatamente quantas das mortes por covid podem e devem ser colocadas nas costas do governo Bolsonaro é difícil, mas deve ser maior que 50 mil.
É suficiente para condenar os responsáveis por crime de responsabilidade, homicídio ou genocídio.