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Natália Bonavides critica prisão de ativista que incendiou estátua de Borba Gato

A Justiça de São Paulo determinou na quarta-feira (28), a prisão temporária de Paulo Roberto da Silva Lima, conhecido como Paulo Galo, defensor dos direitos dos entregadores de comida.

Ele assumiu ter participado do ato que, no sábado, incendiou pneus na base da estátua do bandeirante Borba Gato, em Santo Amaro, Zona Sul da capital paulista.

Ao se apresentar na delegacia para prestar depoimento, Galo afirmou que o objetivo do ato foi chamar a atenção para a figura retratada no monumento. Bandeirantes, como Borba Gato, prendiam e escravizavam indígenas e negros ao desbravar territórios no interior do país no século XVII.

— O ato foi para abrir um debate. Em nenhum momento, foi feito para machucar alguém ou querer causar pânico. Agora, as pessoas decidem se elas querem uma estátua de 13 metros de altura de um genocida e abusador de mulheres — afirmou o ativista, antes de ter a prisão decretada.

A Justiça também determinou a prisão temporária de Gessica de Paula da Silva Barbosa, mulher de Paulo.

O advogado André Lozano, que atua na defesa do casal, afirmou que Paulo admitiu ter participado do ato e que vai continuar preso. Segundo ele, porém, Gessica não teve participação. A única ligação dela com o ato seria ser a titular do telefone usado por seu marido.

O ativista foi indiciado por associação criminosa, incêndio e adulteração de placa.

TL CONTA MAIS 

Em suas redes sociais, a deputada federal Natália Bonavides  (PT) prestou solidariedade a Borba Gato e ajudou a subir a hashtag #liberdadeparaGaloeGessica.

Em que pese a confissão do ativista como participante do ato, seus defendedores dizer que a medida extrapolou as consequências do crime praticado, que na opinião deles jamais poderia motivar uma prisão preventiva.

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