O quê de concreto além da Reforma da Previdência?
Por Reinaldo Azevedo na Folha
O governo Bolsonaro acabou.
A reforma da Previdência, único marco que ficará destes dias, durem quanto durar, é, na verdade, herança do governo Temer, que só não conseguiu aprovar o texto porque teve de enfrentar o lavajatismo golpista e de porre de Rodrigo Janot.
Isso à parte, sobra pregação golpista. E só.
Quanto tempo o “mito” ainda fica por aí? Não sei. Mas é “um cadáver adiado que procria”, para lembrar verso de Fernando Pessoa em caso bem mais nobre. E qualquer coisa que venha à luz, nessas circunstâncias, será necessariamente ruim.
Não temos mais um presidente, mas um refém do fundão do centrão.
À medida que a sociedade vai saindo da clausura a que a condenou o coronavírus, cresce o preço político para manter o corpo na sala. Até a hora em que os próprios apoiadores resolvem enterrar o malcheiroso.
DO TL
Nunca demais lembrar o papel de destaque do potiguar Rogério Marinho na Reforma da Previdência. A mesma competência que teve para costurar a Reforma Trabalhista no Governo Temer. O mesmo talento que impediu a renovação de seu mandato de deputado federal, o alçou a condição de Ministro de Desenvolvimento Regional.