26 de abril de 2024
Estado

Associação dos Docentes da UERN diz que Robinson tenta enganar os servidores

Nota da Associação dos Docentes da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN):

Desde o dia 25 de maio, os servidores da UERN se encontram em greve em razão do descumprimento de acordo firmado junto a reitoria e o governo do Estado. Esse acordo garantia investimentos na infraestrutura, reposição salarial e efetivação do Plano de Cargos e Salários.

Além de não cumprir o acordo, governo e reitoria ainda não apresentaram nenhuma contraproposta concreta para resolver o impasse, por eles criado.  Na reunião realizada no último dia 8 de junho, numa manobra evasiva, o governador Robson Faria, com a conivência da reitoria, tentou enganar os servidores da UERN e confundir a opinião pública. Desconsiderando que o acordo mencionado foi resultado do trabalho de uma comissão composta por integrantes do governo, dos sindicatos e da reitoria, foi proposta a formação de novas comissões para repetir o trabalho já realizado.

É evidente que tal estratégia tem o objetivo de retardar ou mesmo burlar o processo de negociação, pois como afirmou o próprio  secretário de Planejamento do Estado na reunião citada,   quando o governo não quer negociar, forma comissões.

Para pôr fim a  greve na UERN é necessário que o governador Robson Faria assuma sua responsabilidade enquanto gestor e cumpra o acordo, em respeito aos servidores e a sociedade norte-rio-grandense. O descumprimento desse acordo reflete não apenas uma insegurança jurídica, mas, sobretudo, política e ética. Coadunar com este pensamento é subjugar o direito de greve assegurado na Constituição Federal e amordaçar o resultado de uma negociação democraticamente conquistada.               

É preciso ressaltar ainda que a Reitoria e os parlamentares do Rio Grande do Norte  precisam assumir com firmeza a defesa dos justos direitos dos servidores da UERN, sob pena de contribuírem, com a omissão, com os erros administrativos e políticos do governo do Estado, cujos efeitos nefastos pesarão não apenas na comunidade uerniana, mas em toda a sociedade potiguar.