26 de abril de 2024
Política

PF descobre esquema de lavagem de dinheiro a partir de avião que caiu e matou Eduardo Campos

A Polícia Federal deflagrou hoje (21/6) a OPERAÇÃO TURBULÊNCIA com o propósito de desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro que atuava em Pernambuco e Goiás e que teria movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010.

Cerca de 200 policiais federais dão cumprimento a 60 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão, 22 de condução coercitiva e 5 de prisão preventiva. Também estão sendo cumpridos mandados de indisponibilidade de contas e sequestro de embarcações, aeronaves e helicópteros dos principais membros da organização criminosa. Há 3 mandados de busca e apreensão e 2 de condução coercitiva que estão sendo cumpridos em Goiás.

Os mandados judiciais estão sendo cumpridos no Aeroporto de Guararapes/PE e nas cidades pernambucanas de Recife, Paulista, Jaboatão dos Guararapes, Vitória de Santo Antão, Moreno e Lagoa de Itaenga, além de Goiânia/GO e Aparecida de Goiânia/GO.

A investigação iniciou a partir da análise de movimentações financeiras suspeitas detectadas nas contas de algumas empresas envolvidas na aquisição da aeronave CESSNA CITATION PR-AFA. Esse avião transportava o ex-governador de Pernambuco e então candidato à Presidência da República, Eduardo Campos, em seu acidente fatal.

A PF constatou que essas empresas eram de fachada, constituídas em nome de “laranjas”, e que realizavam diversas transações entre si e com outras empresas fantasmas, inclusive com algumas empresas investigadas no bojo da Operação Lava Jato.

Há suspeita de que parte dos recursos que transitaram nas contas examinadas serviam para pagamento de propina a políticos e formação de “caixa dois” de empreiteiras. O esquema criminoso sob apuração encontrava-se ativo, no mínimo, desde o ano de 2010.

Tanto os presos como os conduzidos coercitivamente serão levados para a sede da Polícia Federal em Recife. Os envolvidos responderão, na medida de seu grau de participação no esquema criminoso, nos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Será concedida entrevista coletiva, às 10h, na Superintendência da PF em Recife, localizada na Av. Martin Luther King (Cais do Apolo), 321 – Bairro do Recife.