Aluno que matou professora e feriu três em escola de SP anunciou atentado
Num ataque planejado, um aluno de 13 anos do 8º ano esfaqueou e matou no começo da manhã de ontem uma professora na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, Zona Oeste da capital paulista, e feriu outras três profissionais da unidade, além de um colega. Uma câmera gravou o momento em que o jovem, com roupas pretas, uma máscara de caveira e uma faca, entrou numa sala de aula egolpeou pelas costas Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, pouco depois das 7h. Primeira atingida, ela chegou a ser levada em estado grave para o Hospital Universitário da USP, mas morreu em seguida. A violência só teve fim quando a professora de educação física Cinthia Barbosa conseguiu imobilizar o jovem com a ajuda de uma colega até a chegada da ronda escolar, três minutos depois de acionada.
Com um histórico de brigas e de racismo, o garoto, levado à 34ª DP, anunciava desde domingo, num perfil fechado em uma rede social, a intenção de cometer o crime.
—Sabemos que este garoto estava planejando o atentado com uma arma de fogo e não conseguiu. Ele relatou isso informalmente aos policiais civis e militares que atenderam a ocorrência. Sobre as publicações feitas no Twitter, só conseguimos ter acesso quando acessamos o celular dele, porque a página era restrita —disse o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrit, justificando o fato de não ter havido qualquer ação preventiva. — Não era algo público. Na prática, não tínhamos como antecipar.
O atentado deixou professores, pais e alunos em pânico. Na sala de aula onde tudo aconteceu, estudantes correram em direção à porta assim que perceberam o ataque, mas o agressor ainda conseguiu ferir mais um colega. A Secretaria estadual de Educação anunciou que a escola ficará pelo menos uma semana fechada. Logo após o episódio, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, (Republicanos) disse ao blog da jornalista Andréia Sadi que estuda colocar policiais em unidades de ensino.
*Informações de O Globo