6 de maio de 2024
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Em Florânia, mulher grávida de 8 meses morre por falta de atendimento médico

Deu no Blog do Robson Pires

Uma cena chocante na noite de ontem, em Florânia, mostrou o descaso com a vida humana.

A dona de casa Maria Bagdália Soares Targino (foto), de 18 anos, que estava grávida de 08 meses, morreu no início da noite desta quinta-feira, 22, dentro da Associação de Proteção a Maternidade e a Infância de Florânia – APAMI.

Ela havia passado mal e foi levada a APAMI por familiares e amigos. Mas chegando ao hospital ainda tiveram que esperar cerca de dez minutos para poderem entrar, e também não havia médico no momento. Apenas os auxiliares de enfermagem estavam na unidade.

Segundo informações repassadas por R. Alves, que levou Maria Bagdália para APAMI, as portas do hospital estavam fechadas e demoraram muito para realizarem o atendimento, o que poderia ter salvado a vida da gestante. “Depois de muitas tentativas para que ela fosse atendida, as auxiliares de enfermagem nos receberam, mas não tiveram como encaminhar a paciente para outra cidade, já que existem três ambulâncias quebradas e a única que estava prestando já se encontrava em outro atendimento de emergência com Manoel Bigodão, que havia sofrido um acidente de motocicleta. O médico chegou meia hora depois, mas já era tarde demais, mãe e filho já haviam falecidos”, disse R. Alves.

Depois de muita espera, Maria Bagdália não resistiu e faleceu. Lá, o corpo permaneceu durante várias horas, cercado por familiares. Do lado de fora, a revolta da população era cada vez maior, e muitos reclamavam do serviço de saúde oferecido à população.

Quanto a gravidez, a enfermeira Lindalva, que acompanhava o pré-natal de Maria Bagdália, informou que não apresentava riscos. “O pré-natal foi feito regularmente, ela sempre vinha fazer o acompanhamento, esta tudo anotado no prontuário”, disse Dra. Lindalva.

O Ministério Público deverá abrir inquérito para apurar se houve negligência no atendimento por parte da APAMI.