6 de maio de 2024
Cotidiano

Mulheres pagam em média 13% a mais nos mesmos produtos que homens

Conhecido como Imposto Rosa ou “Pink Tax”, do inglês, a prática abusiva acontece em todo o mundo e no Brasil foi alvo de pesquisa da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) que detectou que produtos na cor rosa ou com personagens femininos recebiam acréscimo de cerca de 13% no valor.

Dentre os produtos em que a diferença entre os gêneros é mais nítida estão: higiene pessoal, vestuário, brinquedos e serviços de beleza. A diferença mais impactante está em kits compostos por lâminas de barbear em que a diferença pode chegar a 100%, ou seja, um produto com cor rosa ou voltado para mulheres pode custar o dobro do preço do produto idêntico para homens.

Recentemente, o assunto virou o centro do Projeto de Lei 172/2024 da vereadora Júlia Arruda que institui a Semana Municipal de Mobilização e Conscientização contra a Taxa Rosa, cujo intuito é conscientizar a população sobre esta realidade e também as empresas públicas e privadas sobre as diferenças que impactam sobretudo na vida das mulheres.

Para a vereadora, a iniciativa tem o objetivo de fomentar a discussão de diferença de tratamento entre os gêneros. “Não é justo que as mulheres, que em média ganham menos que os homens, ainda paguem mais caro pelos mesmos itens que eles. Existem produtos, como analgésicos, por exemplo, que podem ter o preço duplicado apenas porque são voltados para mulheres sem mudanças em sua composição”, justificou Júlia Arruda.

Se aprovada, a Semana Municipal de Mobilização e Conscientização contra a Taxa Rosa acontecerá na semana do Dia Internacional da Mulher.

Vereadora Júlia Arruda (Foto: Elpídeo Júnior)