9 de maio de 2024
Política

Partidos de várias tendências condenam ataques criminosos contra a democracia em Brasília

Partidos das mais diversas tendências políticas divulgaram notas oficiais deixando clara a oposição aos ataques perpetrados por militantes bolsonaristas contra os três Poderes no domingo (8), em Brasília, que resultaram em saques, violência e depredações ao patrimônio público. 

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, partido ao qual Jair Bolsonaro é filiado, condenou os atos de vandalismo e eximiuo ex-presidente de ter envolvimento nas manifestações.

— Hoje é um dia triste para a nação. Esse movimento em Brasília hoje é uma vergonha para todos nós e não representa nosso partido, não representa Bolsonaro. As forças de segurança têm que fazer sua parte, não apoiamos esses movimentos. Apoiamos movimentos de bem — disse Valdemar em vídeo.

Outros partidos que fizeram parte da base do governo Bolsonaro também repudiaram a violência na Praça dos Três Poderes. Foi o caso do PP que por meio de nota condenou os “atos criminosos contra a democracia”. A legenda também se definiu “a favor da ordem pública”. 

O Republicanos, que também compôs a base do governo Bolsonaro, disse “repudiar qualquer manifestação que ultrapasse os limites democráticos, seja ela de direita ou esquerda”.

O Novo, identificado com o liberalismo, também defendeu que “qualquer protesto deve ser pacífico e democrático. E existem caminhos institucionais para transformar a política e a sociedade, sem apelar ao caos e à barbárie”.

Repúdio

Diversos partidos de centro também repudiaram os ataques golpistas. Para o presidente do União Brasil, deputado Luciano Bivar (PE), o Estado democrático de direito “sofreu um inadmissível e gravíssimo ataque”. Em nota, chamou os manifestantes de “golpistas” e pediu que a “irresponsabilidade e conspiração contra a democracia não podem ser toleradas”. Bivar disse que o União Brasil condena “a ação terrorista” e cobrará das autoridades a punição de todos os criminosos. “A democracia é inegociável e soberana, e isso jamais deve retroceder no Brasil”, finaliza a nota.

A presidente nacional do Podemos, deputada Renata Abreu (SP), qualificou os atos de domingo em Brasília como “inadmissíveis”. A nota do partido também atesta que o partido acompanhará de perto a apuração dos crimes por parte das autoridades responsáveis.

O Cidadania foi favorável à intervenção no governo do Distrito Federal (GDF). O partido alerta para a repercussão mundial que a tentativa de golpe de Estado teve, só possível, segundo a legenda, devido à “incapacidade, senão desídia, do governador afastado Ibaneis Rocha e do então secretário de Segurança Pública, Anderson Torres”. O PSDB também defendeu a prisão imediata dos envolvidos na tentativa de golpe.

Para o MDB, “a turba irracional abandonou os xingamentos nas redes sociais para violentar a nação brasileira”. A Executiva Nacional do partido conclama as classes empresariais e trabalhadoras para que “se unam contra a barbárie”.

Os partidos de esquerda, tanto os da base do governo Lula quanto os que não fazem parte, também foram unânimes em condenar a tentativa de golpe.

O PT postou nota garantindo que “os terroristas não passarão” na tentativa de implantar um regime autoritário no país. Já o PCdoB pede que as investigações se aprofundem sobre os financiadores das ações e movimentos antidemocráticos. E o PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, chamou os participantes da invasão às sedes dos três Poderes de “baderneiros”.

Fonte: Agência Senado