2 de maio de 2024
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A PRÓXIMA GERAÇÃO

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Ocupados com novos comportamentos e outras perturbações da mente, psicólogos ainda não definiram como será chamada a geração dos nascidos na terceira década do vigésimo primeiro século.

Os da era 2010 foram marcados pela tecnologia. Vieram ao mundo já plugados. Fazem das engenhocas eletrônicas, extensões do próprio corpo. Não sobrevivem sem internet.

Perdem as forças quando fora das áreas de cobertura.

Alem dos quatro sinais vitais da medicina clássica: pressão arterial, pulsação, frequência respiratória e temperatura corporal, seus manuais de instruções trazem um quinto, sem o qual, os outros nem chegam a ser aferidos.

O mais importante e que atesta o pleno funcionamento  do organismo movido a alimentação natural, sem aditivos químicos.

O sinal de Wi-Fi já é considerado o mais valioso de todos.

Os pequenos que hoje engatinham e aprendem as primeiras palavras serão diferentes.

Dos millennials, guardarão a memória que os anos que sucederiam o tão esperado 2000, trariam como previsto, um mundo mais igual.

Não na distribuição das riquezas  mas no sofrimento e ameaça à sobrevivência da espécie humana.

Há vinte anos, a geração Z sabia de tudo e se bastava.

Consumia só o essencial e dividia conhecimentos e emoções com os próximos  e alcançáveis em presença física.

Os Alphas já nasceram em rede, para eles o mundo não tem fronteiras, as línguas misturam palavras e as diferenças são entendidas com qualquer aplicativo de tradução instantânea.

O que mais desejam é mais velocidade.

O tempo é muito curto para ser perdido em carregamentos e delays.

Continuam à espera do messias que descerá da blogosfera, montado numa plataforma digital, na  rapidez do 5G.

O estilo de vida decretado pela pandemia trará inimagináveis mudanças para as crianças de hoje.

Serão bem menos, em números reduzidos nas taxas de natalidade em queda livre.

Filhos únicos, arquivarão todas as doutrinas políticas baseadas na força do proletariado.

Acostumados com o  isolamento social, manterão o distanciamento e serão regidos por códigos de etiqueta,  revistos e resumidos.

Abraços, apertos de mãos, tapinhas nas costas, substituídos por cordiais saudações de perto-longe.

As profecias quanto às novas formas de amar, ficam pra quando a adolescência chegar.

Todo beijo será suspeito?

Uma coisa é harmonizada.

Serão bem mais ligados na ciência.

Na Microbiologia.

No estudo das doenças.

Feras em vacinas.

Uma prova destas hipóteses é a preocupação de uma garotinha de três anos.

Com a curiosidade acumulada  em aulas remotas, teve de se valer da mãe para esclarecer uma dúvida ainda restrita ao mundo dos cientistas mais crescidinhos.

Ao ser doutrinada para as formas de contaminação e cuidados higiênicos, quis saber se o coronavírus tem asas.

A resposta negativa foi recebida com mais pergunta e uma explicação possível.

E como ele entra pelo nariz?                                 Deve ter asinhas tão pequenininhas que não dá nem pra ver.

A geração Corona promete.

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One thought on “A PRÓXIMA GERAÇÃO

  • Geraldo Batista de Araújo

    A Dra Vera elogiou o Dr. Domício: “Profissional competente e dono de texto muito bem elaborado” Assino em baixo.

    Resposta

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