A Shein (também) é nossa
A chegada da mais internacional marca de moda chinesa ao seridó potiguar mereceu chamada de capa e página inteira na edição de hoje do jornal Valor Econômico
Seridó vive a expectativa de retomada com a Shein
Marina Falcão
De Cerro Corá (RN) e Tangará (RN)
O plano de nacionalização das peças de vestuário vendidas no Brasil levou a Shein ao sertão nordestino. Em parceria com a Coteminas, a chinesa vai produzir roupas de jeans e sarja no polo de Seridó, no Rio Grande do Norte, uma região com forte dependência da Guararapes — dona da Riachuelo — e que hoje trabalha com ociosidade de até 50% em algumas fábricas.
A ideia é que a unidade da Coteminas em Macaíba, na Região Metropolitana de Natal, faça o corte das peças. O jeans virá, principalmente, de fornecedores chineses, e também de empresas nacionais, como a Vicunha. As confecções do Seridó ficarão com a parte de costura.
“A Shein pode ser a nossa tábua de salva-ção”, diz o empresário Ronaldo Lacerda, dono da confecção Cabugi, no município de Tangará, que integra o polo.
Desde o início do ano, ele já demitiu 20% do pessoal, acompanhando a redução da demanda pela Guararapes, sua única cliente. No momento, quase metade do maquinário está parado.
Em junho, Lacerda encaminhou amostras de sua produção em jeans à Chi-na e o material foi aprovado. O empresário, no entanto, ainda aguarda a formalização.