Além de fake news, assédio no trabalho cresce na corrida final para as eleições
O assédio eleitoral no ambiente de trabalho é uma realidade nas eleições de 2022, ou seja, o patrão está coagindo seus funcionários para votar em quem ele manda.
Parece coisa do século passado, e é.
Mais um abacaxi para o ministro Alexandre de Moraes enfrentar. Ontem à noite, ele determinou o enfrentamento e anunciou parceria ao procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, que é do Rio Grande do Norte.
Os representantes do MP Eleitoral e MPT informaram o registro de mais de 430 representações sobre assédio eleitoral até agora.
Eles entenderam a necessidade de atuação conjunta entre a Justiça Eleitoral e o Ministério Público, com trocas de informações e inteligência.
Reitero aqui que o assédio moral é crime, como tal será combatido e aqueles que praticarem o crime responderão civilmente, criminalmente e penalmente”, afirmou Alexandre de Moraes.
Mesmo com quase 30 anos de atuação na área, o procurador-geral do Trabalho, José de Lima Ramos Pereira, afirma que ficou surpreso com a escalada de casos de assédio eleitoral, e com o que considera a “naturalização” do ilícito: a forma destemida com que empregadores têm ameaçado funcionários ou prometido benefícios em troca de votos.
“Eu tenho quase 30 anos de instituição. O que tornou maior a nossa preocupação foi a forma disseminada, como se fosse algo do cotidiano você fazer ameaças ao seu empregado.
Como se você estivesse fazendo algo certo. É como se as pessoas entendessem que é algo normal”.
O Rio Grande do Norte está no mapa dos assédios apurados pela Justiça Eleitoral com cinco denúncias formais de assédio no trabalho.
Fonte: TSE e Folha