6 de maio de 2024
TV

ALÉM DO LIMITE

 

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Do primeiro
reality show, andávamos meio esquecidos.

Há um ano, ainda não se especulava que pudesse ser reeditado depois de duas décadas, quando foi lembrado com o registro da participação potiguar.

Cópia fiel de um megassucesso americano, Survivor, mostrava em episódios aos domingos, em horário nobre, jovens bem preparados fisicamente,  em equipes identificadas por cores, sob o comando do jornalista Zeca Camargo, disputas de  provas de resistência.

Dramáticas desistências e desabamentos psicológicos, valorizavam ainda mais os premiados que sobreviviam. Com grana preta, um fiat uno e um passaporte de celebridade instantânea.

Na terceira e última temporada, Natal entrou no ar.

Não como cenário das aventuras, mas origem de um participante.

Um certo capitão da Polícia Militar que arregimentou uma imensa torcida, em tempos de redes sociais que não iam  além dos papos de esquina.

Ganhou o prêmio e recepção de herói no aeroporto, com direito a carreata e over exposição nas mídias da época.

Não foi eleito senador por escassez de ousadia.

Enquanto a pandemia obrigava o isolamento doméstico, seu mais bem sucedido sucessor, o Big Brother Brasil, era recorde de audiência, batido na segunda onda, pela fornada Juliette.

A sugestão de retorno à programação foi apresentada neste canto de telinha de smartphone, sem maiores expectativas.

Depois de andar de ceca a meca, o antigo apresentador estava  no canto da geladeira num programa sabatino-matinal de baixa audiência, ensinando como recuperar cadeira velha e outras marchetarias.

Entrou nas primeiras levas do PDV da Globo, para voltar a andar pelo Brasil nas asas da Band.

A ideia era atualizar a luta pela sobrevivência, à base de comida de delivery e como manter a casa sempre arrumada, sem ajuda da faxineira.

Espaço na grade da programação era o  que não faltava.

No horário que os doutores do terror apresentavam números de congelar as espinhas dorsais, mensagens de perseverança e otimismo cairiam bem.

Além de ser mais uma oportunidade pra se usar a palavra que estava entrando na moda.

Resiliência era tudo

Não se pensava que ex-BBBs, sem valsas de debutantes nem festas de bacanas para abrilhantar, estariam disponíveis para mais um confinamento.

Desta vez, no meio da natureza. Soltos e sempre, selvagens.

Pensava-se que o megassucesso estaria garantido com um participante que ninguém poderia imaginar.

Fica como recordação a indicação de quem  tinha tudo a ver com o programa.

O indicado continua  precisando de um afastamento, mesmo que temporário, das altas funções que ocupa.

Para respirar outros ares, arejar a cabeça, acalmar os nervos, ordenar as ideias e voltar de pilha nova, depois que a aporrinhação da CPI passar.

Atleta a vida toda, tendo sobrevivido a dois divórcios, três casamentos, quatro filhos encrenqueiros, uma facada, um ministro metido a estrela e outro traíra, o capitão-presidente   é talhado  para este desafio.

Ano passado, ele já havia  antecipado.

Estou No Limite.

Será que o distinto público terá esta grata surpresa na estreia desta terça-feira?

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