Amoedo renuncia Novo para provocar renovação
Candidato a Presidente da República mais votado que Marina Silva (Rede), Henrique Meireles(MDB) e Álvaro Dias, o empresário João Amoedo surpreendeu o mundo político na semana passada ao renunciar o comando do Partido Novo, três anos antes do fim do seu mandato.
João disse que pretende continuar na cena, mas que abriu mão do cargo em nome da renovação. Amoedo criticou a decisão do Único governador eleito pelo seu partido, Romeu Zema, de Minas, de conceder aumento a Polícia Militar.
Amoedo dedicou seu últimos dez anos ao projeto do Partido Novo, insso depois de escapar de uma grave doença.
Embora não tenha dito, há indicativos de que ele vai se dedicar à família.
A CARTA DE AMOEDO
Após 10 anos dedicados à idealização, construção e administração do NOVO, deixo hoje o Diretório Nacional do partido. Serei substituído, no cargo de presidente, por Eduardo Ribeiro, ex-presidente do diretório do NOVO de Santa Catarina e atualmente integrante do Diretório Nacional.
Acredito que toda instituição, baseada em valores e ideias, como é o NOVO, precisa de renovação nos seus comandos, para seguir amadurecendo e crescendo.
Em 2010, apesar da economia em alta e de nossas potencialidades como nação, não vislumbrava um futuro próspero para o nosso País. Tínhamos um Estado intervencionista, que cobrava altos impostos e devolvia péssimos serviços para a população. As oportunidades para a maioria eram poucas e os privilégios para poucos, eram muitos. Concluí que era preciso mudar o nosso modelo de Estado, e o único caminho seria pela política.
A partir daquele ano, decidi me dedicar, junto com um pequeno grupo, a criar uma plataforma política diferente, que atraísse novas lideranças e inovasse na forma de se fazer política. Era fundamental que esse projeto fosse baseado na criação de uma instituição que, com princípios e valores, invertesse a lógica em vigor na política tradicional. Os políticos dessa nova instituição deveriam ser pessoas admiradas pela população e, ao chegarem ao poder, ter como principal objetivo devolver o poder ao cidadão. Esse era o sonho. O legado que gostaríamos de deixar.
