1 de maio de 2024
OpiniãoQuarentena

Análise da quarentena por Rosalie Arruda Câmara

A nossa convidada de hoje da série “o bom e o ruim da quarentena” é a jornalista e colunista top desta TN Rosalie Arruda Câmara.

Ela reina absoluta no nosso impresso, com sua escrita elegante, porém realista e sagaz, e mostra nas suas páginas o que acontece nas searas mais diversificadas, fazendo um jornalismo sério e sem amarras.

E, criativa como é, Rosalie ousou e nos apresenta abaixo toda sua percepção do cotidiano social em tempos de quarentena, nos presenteando com uma ótima análise sobre a mesma.

Show!

Rosalie Arruda Câmara
Rosalie Arruda Câmara

Caro Bebeto

O que posso dizer para seus elegantes leitores sobre intempéries e bons ventos da quarentena que ainda não foram ditos, batizados e sacramentados pelos psicólogos do comportamento de plantão?
Acredito que quase nada, querido! Mas, vou confessar, cá entre nós, fiquei deveras surpresa e curiosa quando observei em um grupo de amigas que o assunto “homem” está sendo reportado também a padres. Sim! Isso mesmo que você entendeu… os representantes de Deus na terra são alvo dos olhares “didáticos”, digamos assim, de algumas amigas.
O grupo assistia uma missa de sétimo dia e alguém disse… “Esse padre é bonito”. A outra: “é, e fala bem!” E uma terceira arriscou: “dá para o gasto”, o que a quarta arrematou: “dá pra levar para casa!” O restante dos adjetivos não vou revelar para não ferir as sensibilidades à flor da pele.
Diante dos comentários exóticos, lembrei do tempo do colégio onde metade das adolescentes suspirava por Pe Hudson Brandão. – Que Deus o tenha! O coitado do padre ficava até constrangido com os olhares das alunas “Do Amor Divino”! Tempos de descobertas que a quarentena me fez relembrar, rir e me divertir ao ponto de entender as amigas, agora, não mais tão adolescentes, mas que ainda suspiram “pelo fruto proibido”.
O assunto, querido Bebeto, deixo também para os estudiosos do comportamento humano.
Também percebi, agora na quarentena, uma eterna dependência às máquinas lavadora de roupa e lava-louça. Já aviso que não empresto e nem dou. A propósito, vi que a vizinha de lado lava sua roupa pela cor. Cada dia da semana é uma tonalidade. Será fetiche???
No mais, querido meu, fico com a letra da música de Marcos Vilane:

Depois que o tempo passar
For sacudida a poeira
Nas voltas que o mundo dá
Vai que cai na sexta-feira
Deixa essa gira girar
Ela é que guia o compasso
Quando isso tudo passar
O que não vai faltar é abraço

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