3 de maio de 2024
CULTURA

Ângela Almeida e Selma Bezerra levam Modernismo de hoje à Pinacoteca do RN

O projeto é do curador Manoel Onofre Neto, que busca um resgate com a exposição “Moderno…para contemplação dos olhos de hoje”  a partir de sábado (6), 10h, na Pinacoteca do RN, indo até 2 de outubro. 

Além dos trabalhos de Angela Almeida  e Selma Bezerra, a mostra também traz obras raras de Ivon Rodrigues, Erasmo Xavier, Dorian Gray, Newton Navarro, além da coleção particular de Zila Mamede. 

Segundo Manoel Onofre Neto, o título da mostra foi pinçado de um poema modernista local:

“Numa estratégica apropriação do título de um poema do modernista potiguar Jorge Fernandes, ‘Moderno…’ (com reticências), a exposição traz essa diversidade e pluralidade que foi o movimento modernista brasileiro”. 

Selma Bezerra apresenta a série “Tarsilianas“, numa inspiração à fase Pau-Brasil de Tarsila do Amaral em que desafia os versos modernistas de Câmara Cascudo (“Não gosto de Sertão verde”) oferecendo ao público paisagens de um sertão verde e florido.

Angela Almeida desengaveta a icônica “Vaqueiros em Flores”; ao lado de coloridas mulheres de “Nós como somos”, inspiradas em Clarice Lispector, e da poesia em “Paisagens originárias”, onde constrói versos de principais poetas modernistas potiguares (ou que flertam com o modernismo) por meio de bordados de linha em Algodão cru tingido.

ÂNGELA SOBRE SELMA 

Angela comenta: “Manoel Onofre provocou Selma para que ela saísse do trabalho de abstração e memória, e se inspirasse na Tarsila na fase caipira. A partir das imagens construídas por Selma, ele faz o link ao meu trabalho que já venho desenvolvendo, das mulheres e dos vaqueiros. É como se o trabalho de Selma fosse a base para todo o resto em diálogo ”, comentou  Angela Almeida.

SELMA SOBRE ÂNGELA 

Sobre o encontro, Selma Bezerra completa: “É a primeira vez que  Angela está fazendo essa exposição, ela costuma esconder seu trabalho literalmente debaixo do colchão”, brinca. “Eu também retornei ao meu estilo de início, passei muito tempo só fazendo trabalhos abstratos. Então eu faço um figurativo, mas não é ingênuo porque apoio na técnica”, disse.

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