Assembleias Legislativas do Brasil terão perfil mais conservador; a do RN… não
As Assembleias Legislativas saíram das urnas em 2022 com um perfil mais conservador do que há quatro anos, replicando nos estados o quadro da polarização nacional e de esvaziamento dos partidos de centro.
O polo formado por partidos como PSDB, PSD e MDB terá menos deputados do que há quatro anos em ao menos 16 das 27 Casas Legislativas dos estados e Distrito Federal.
Embora as legendas de esquerda também tenham ampliado a presença nos estados, quem mais ganhou com as perdas do centro foi o bloco conservador.
A análise tem como base a métrica criada pela Folha para definir ideologicamente os partidos políticos.
Nessa régua ideológica, o PCO é o partido mais à esquerda, e o Novo o mais à direita. O PSD ocupa posição central.
ESQUERDA MAIOR NO NORDESTE
As legendas de esquerda fincaram bandeira no Nordeste e o polo terá a maior bancada nas Assembleias de quatro estados da região: Ceará(50% das cadeiras), Maranhão (48%), Pernambuco (45%) e Piauí (40%).
Em relação à polarização, um caso emblemático é o do Rio Grande do Norte. Há quatro anos, os potiguares elegeram 18 deputados de centro para as 24 cadeiras.
Direita e esquerda dividiam igualmente as seis restantes.
Agora, direita e esquerda permanecem igualmente representadas, mas elegeram o dobro de deputados, com seis cada.
O centro segue com a maior bancada e é capitaneado pelo PSDB, que mesmo sem candidato ao governo elegeu 9 dos 24 deputados.
Fonte: Folha de São Paulo