12 de maio de 2024
Imprensa Nacional

Café 3 Corações é destaque entre os nordestinos que mudaram São Paulo

Deu na Veja São Paulo 

Não é mais com calos nas mãos e sacos de cimento nas costas que muitos migrantes nordestinos constroem uma nova São Paulo.

Durante o século XX, quando se tornaram a maior população da cidade vinda de fora da capital, eles carregaram o estigma de ser uma força de trabalho para serviços duros e mal remunerados.

Agora, transformam a metrópole por meio da gastronomia, do design, de startups inovadoras e até da construção de prédios — mas, desta vez, no papel de donos das construtoras.

A FORÇA DO CAFEZINHO POTIGUAR

Quando Paulo Tarso Rego de Lima, diretor comercial e de marketing da 3Corações, trocou a sede da empresa em Fortaleza por São Paulo, em 2007, vinha com uma missão nada fácil.

Precisava dar expressão à companhia, que era quase traço entre os consumidores paulistanos, mesmo se tratando de uma marca conhecida de café. Treze anos depois, a situação mudou completamente.

“Quando chegamos aqui, tínhamos 1,5% do mercado. Hoje, são 25%. Foi uma obra grande essa expansão”, comemora o potiguar de 54 anos. Está em 12 500 pontos de venda e na carta de restaurantes como Président, Rodeio e Vinheria Percussi.

Paulo Tarso é um dos três filhos de João Alves de Lima, fundador dos cafés Santa Clara no Rio Grande do Norte, em 1959, que encabeçam o negócio — ele tem como sócios os irmãos Pedro de Lima e Vicente de Lima. Se a empresa, a São Miguel Holding, era grande no Nordeste, tornou-se a maior brasileira do setor no país ao estabelecer em 2005 uma joint venture com a 3Corações da família israelense Strauss.

“Cada uma das partes detém 50% do negócio”, explica. O gigante, que concentra mais de vinte marcas de café, emprega mais de 7 000 colaboradores e faturou 5,2 bilhões de reais em 2020, tem como embaixador da marca o chef paulistano Alex Atala, um nome lendário no Brasil e no exterior.

Como a 3Corações domina todo o processo, do plantio à produção do pó, foi oferecida ao cozinheiro uma seleção de grãos na Fazenda Sequóia, em Angelândia, em Minas Gerais. Atala acompanhou todo o processo, como colheita, seleção e torra. Conseguiu assim ter uma cápsula com sua assinatura.

Os tempos são outros, mas o que jamais mudou é a forte influência dos nordestinos na demografia e na cultura da cidade. Eles representavam nada menos que 15% da população paulistana em 2010, um dado que provavelmente não teve alterações relevantes.

One thought on “Café 3 Corações é destaque entre os nordestinos que mudaram São Paulo

  • PedroArtur

    Que sirva de exemplo para todos os nordestinos , assim como exemplo a familia do Sr Nevaldo Rocha e outros poucos , nao somos coitadinhos , mais a grande maioria dos nordestinos se dizem coitadinhos , valeu familia da linda Sao Miguel.

    Resposta

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