3 de maio de 2024
Imprensa Nacional

Com senadores eleitos no Ministério de Lula, nova Legislatura pode começar com 5 suplentes

A decisão do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de nomear três senadores como ministros de Estado, nos últimos dias, deve enfraquecer sua própria base aliada no Senado, Casa onde a direita brasileira estará fortalecida a partir de fevereiro de 2023.

Além dos parlamentares já escolhidos, o petista caminha para anunciar outros dois senadores como titulares na Esplanada.

Ao todo, Lula poderá abrir um buraco de cinco cadeiras que serão ocupadas por suplentes pouco experientes ou com menor cacife político.

Os primeiros escolhidos foram Flávio Dino (PSB-MA), que será responsável pelo Ministério da Justiça, Camilo Santana (PT-CE), que vai assumir a Educação, e Wellington Dias (PT-PI), que ocupará a pasta do Desenvolvimento Social.

MAIS DOIS SENADORES MINISTROS PODEM SER ESCOLHIDOS 

A expectativa agora é que sejam formalizados como ministeriáveis os senadores Renan Filho (MDB-AL), que pode ocupar o Ministério dos Transportes, e Carlos Fávaro (PSD-MT), cotado para a Agricultura.

Isso porque a ideia inicial era que os titulares dos mandatos ocupassem posições estratégicas no Parlamento diante do crescimento do PL (partido do presidente Jair Bolsonaro), que terá a maior bancada, e outras legendas conservadoras.

DINO SERIA O CONTRAPONTO DE MORO 

Um dos principais exemplos é do senador Flávio Dino. Aliado histórico do PT, ele estava escalado para fazer frente  ao ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro (União-PR), que se elegeu senador e fará forte oposição ao governo Lula.

Como Dino também fez carreira como magistrado, os petistas já haviam iniciado diálogo para que ele polarizasse com Sergio Moro. A ida dele ao ministério, entretanto, deverá deixar um flanco.

Também ex-governador e eleito para o Senado, Camilo Santana (PT) seguirá direto para o Ministério da Educação. Em seu lugar, assumirá a atual deputada estadual do Ceará, Augusta Brito de Paula (PT).

A confirmação de Wellington Dias como ministro é outro golpe na bancada petista no Senado.

A suplente dele, Jussara Lima, é filiada ao PSD, ou seja, o PT verá sua bancada diminuir de nove para oito senadores, o que pode atrapalhar os cálculos proporcionais na disputa por espaço na Mesa Diretora e em comissões permanentes durante a eleição para a permanentes durante a eleição para a presidência do Senado.

Jussara é esposa do deputado federal Júlio Cesar (PSD).

Se confirmado como ministro, o ex-governador de Alagoas e senador eleito Renan Filho (MDB) dará lugar ao empresário Fernando Farias, diretor do Grupo Carlos Lyra (Usina Caeté).

Se virar titular da Agricultura, o senador Carlos Favaro irá abrir espaço para Margareth Buzetti, que acabou de trocar o PP pelo PSD, mas que já rechaçou o petista publicamente.

Recentemente, ao ser questionado sobre esse dilema, Fávaro disse que já tinha “chamado sua suplente à racionalidade” e garantira que ela migraria para o PSD, como fez.

Fonte:Valor 

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