6 de maio de 2024
Gestão

CONSELHO PARA BRASILEIRO SEGUIR

O Veredicto do Povo (1855) – George Caleb Bingham – Museu de Arte de Saint Louis, Missouri, EUA


As eleições contestadas, não auditadas e pós-adiadas para os conselhos tutelares, só medem a imensa distância que nos separa do sistema educacional norte-americano.

E nos faz cair na real que aqui são escolhidos puxadinhos dos partidos,  sem ideologia nem convicções.

Em meio à confusão que parecem ser as complexas eleições  yankees, uma explicação porque no final, tudo dá certo para os gringos.

Em estados, distritos e cidades, um outro escrutínio, realizado simultaneamente e  pouco divulgado, não chama a atenção dos que se concentram na guerra dos democratas contra os republicanos pelos governos estaduais e parlamentos.

Os Conselhos de Educação (Board of Education) são exemplos de democracia que resistem às manipulações partidárias.

Criados antes da Independência, têm capilaridade, respeitam as diferenças regionais e definem políticas e funcionamento das escolas do ensino elementar e secundário.

Com as únicas exigências que os pretendentes aos postos sejam residentes na área e tenham completado o segundo grau.

Trabalho não remunerado que confere prestígio aos seus membros.

Escolas públicas com orçamentos próprios são administradas localmente.

Às verbas oficiais são acrescentados recursos obtidos pelas próprias comunidades.

As decisões sobre o emprego do que se tem para usar nas escolas é exclusiva dos conselhos.

Um executivo contratado é o administrador.

Sem estabilidade funcional, presta contas diretamente ao colegiado que opina e decide sobre tudo.

Da renovação dos contratos dos professores ao recrutamento dos novos, passando pela aquisição de equipamentos e autorização para obras, nada foge da análise dos pais dos alunos.

Com a redução populacional nas cidades menores, um fenômeno tem sido observado.

Duas ou três escolas, de povoamentos próximos, fundidas numa só.

Ganham em qualidade e controle.

Das análises geopolíticas apresentadas pelas redes de TV brasileiras nas coberturas das eleições anacrônicas com votos em papel, fica a impressão que a nação mais poderosa do mundo tem um enorme bolsão de atraso que decide o futuro nem sempre ao gosto das cabeças pensantes que iluminam as metrópoles.

Há uma base democrática acostumada a julgar o que é melhor para o entorno de onde  as riquezas são geradas.

Somadas as pequenas parcelas,  resulta a pujança da nação.

A escola como centro da vida social conduz à diversidade formada na liberdade, no coletivo e no bem comum.

De tempos em tempos, notícias que poderiam provar desvios e contradições, são manchas indeléveis.

Violência sofrida, enfrentada com resiliência e união.

O cidadão que passa por este processo e parte para novos saberes ou fazeres, estará preparado para escolher, seguir as regras do jogo e acatar as escolhas da maioria.

O mantra repetido diariamente, há 120 anos, em todas as escolas americanas, lembrado pelo resto da vida, resume o comportamento baseado em educação sólida.

Juro fidelidade à Bandeira dos Estados Unidos da América e à República que ela representa, uma nação, indivisível, com liberdade e justiça para todos.

Trump, Biden e quem mais chegar em 2024  foram moldados neste mesmo barro.

 

A Eleição do Condado  (1852) – George Caleb Bingham – Museu de Arte de Saint Louis, Missouri, EUA


(Com partes do texto Base Eleitoral Americana,  publicado em 4/11/2020)

 

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