6 de maio de 2024
Coronavírus

CORONAGOLPES

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Quando tudo isso passar, os sobreviventes que gostam de estórias de enganadores, essas pessoas que a vida, levam na valsa e ganham na lábia, terão muito assunto pra moer.

Outro patamar foi atingido.

Não chegamos nem ao pico da curva e mais da metade dos remédios milagrosos comprovaram seus efeitos. Um pouco piores que água com açúcar.

Com o que tem de autoridade comprando qualquer aparelho parecido com respirador, dá pra preencher uma escala de plantonista em hotel de campanha.

Sem contar com os testes. Rápidos. Quando não são falso-positivos, são falso-negativos.

Teve governador consorciado pagando ágio,  por  equipamentos pra UTI. Da Etiópia.

Até o de Nova Iorque quase faz negócio com uma empresa fantasma e por pouco não perdeu 98 milhões de dólares.

O banco desconfiou que naquela tuba, tinha gatuno.

            (Publicação original em 9/5/2019)

      GOLPISTAS NÃO PASSARÃO

Confesso que tenho um certo fascínio por picaretas, trambiqueiros, golpistas e estelionatários de uma maneira geral.

E uma incrível capacidade de atraí-los.

Quando é só um golpezinho sem maiores consequências, tipo uma facada para descolar algum para remédios ou completar uma passagem de volta pro interior, quase sempre caio. Conscientemente, como um pato.

Já pisei em cheque que alguém na minha frente, em rua movimentada, deixou, caprichosamente, cair.

Na fila do banco, recusei convite de um senhor bem apessoado que havia notado uma pasta esquecida num canto e veio despertar minha curiosidade. E pedir cumplicidade para ver o que a mesma continha.

Não se aplicam mais contos do vigário como antigamente.

O perigo agora ronda as redes sociais e mensagens nos smartphones.

A última moda é uma ligação  do serviço de segurança do cartão de crédito para confirmar uma compra, de valor elevado, que está sendo realizada naquele momento, em outra cidade.

Para  o cancelamento da transação, pedem os dados bancários.

Com minha mulher foi fácil perceber a tentativa de fraude. Ninguém menos que o superintendente do Banco do Brasil era quem estava ao telefone.

Dia desses,  atendi ligação que parecia de um call center de verdade. O operador igualzinho aos de todos telemarketings.

Muito educado, abusando bem dos gerúndios, não perdeu a paciência nem quando eu disse já conhecer o golpe.

-Estou apenas realizando o meu trabalho, senhor.

One thought on “CORONAGOLPES

  • GERALDO BATISTA DE ARAÚJO

    Eu acho um absurdo ad lropagandas de remédio.
    Todas elas insinuam a auto medicação e “Se não funcionar procure um médico” isso é dacanagem, o correto é procurar o médico para ele prescrever o remédio certo.

    Resposta

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