2 de maio de 2024
Comportamento

CORREÇÃO A MANDO

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Aumenta um ponto, quem conta um conto.

Até o velho ditado pode sofrer alterações com o passar do tempo.

Estórias vão sendo modificadas e cada contador contribui com um detalhe do que pode ou não ter acontecido.

A lei que vem sendo discutida no Congresso Nacional tem a intenção de proibir que desvios de fatos verdadeiros tenham espaços nas redes sociais.

Saber quais intenções estão por trás de uma informação é o xis, o problema e a questão.

Se os legisladores desejam realmente que circulem somente verdades absolutas, para evitar que variações sejam criminalizadas, é bom que a lei defina bem o que é mentira, fakenews e só floreio de cronista aprendiz.

Mais simples, seria a reedição  do artigo nono do velho mandamento.

Não darás falso testemunho contra o teu próximo.’

O resto é estória que contada de um ou outro jeito, tem sempre um fundo de verdade.

Algumas  merecem repeteco.


(Publicação original em 19/07/2019)


A BOLA DA VEZ

-Conte a estória direito!

Ordem de irmão é como decisão judicial.

É pra ser cumprida.

Obediente, passo a ajustar o que publiquei em Sinuca de Bico  que não recebeu o selo  de fidedignidade do mano Leonardo.

Como não tenho o menor cacoete pra  historiador nem biógrafo, tudo que escrevo não tem a obrigação de ser comprovado nem checado. Muito menos de ser fiel a fatos e datas.                           

Apátridas e atemporais, os mesmos causos se reproduzem por todo canto, apenas mudam um ou outro detalhe. E os nomes dos personagens.

A correição começa pelo pequeno gran finale:

A frase correta é : “Menino,  com calça comprida e dinheiro no bolso, é rapazinho.

Disse onde a grana estava mas errei no tamanho da roupa.                                           No tempo das calças curtas, ninguém usava bermudas.

Até a gerência efetiva do salão de bilhar foi esclarecida:

“O seu Zizi era uma figura decorativa. Todo o controle e gerenciamento do bar era do filho Helano (com H mudo).     Era um grande contador de estórias da cidade e de Bananeiras, onde nasceu.”

O leitmotiv  já entra no capítulo das informações adicionais.                               Não foi relatado. Ainda que  o modo condicional do verbo deixe margem para alguma dúvida:

“A frase teria sido dita pelo MM Juiz de Direito da comarca, Dr. Joaquim Amorim das Virgens Neto, responsável pela proibição. Ao ser indagado por que seu filho Jobel,  hoje advogado em Natal, mesmo não tendo  completado a idade mínima, era assíduo jogador de snooker, no Bar Continental, na Travessa Cel. Anisio de Carvalho (Beco do Peixe), local da grande feira livre.”

O comprimento das calças do filho do magistrado e o entendimento havido, impediram que os Oficiais de Justiça, Joquinha e Manoel Bagre, cumprissem a determinação.”

E não se falou em legislação em causa própria.
Que ninguém era besta em Nova Cruz.

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