3 de maio de 2024
CoronavírusPolítica

CPI RETRÔ

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Misturar a realidade com ficção é o recurso empregado para garantir o sucesso da série que estreiou depois de enorme expectativa.

A transmissão da Cloroquina ao Vivo, por um pool de emissoras de TV, mostra o que poderia ter sido feito pela mãe dos porcos, se duas  fieiras de tetas tivesse, e traz uma arrojada inovação.

Os longos capítulos que chegam a durar nove horas, sem intervalos comerciais e poucos breaks, para atender os depoentes prostáticos ou  recém-acometidos de súbita bexiga nervosa, não cansam e viciam os telespectadores

Todos atentos para os enigmas que vão surgindo.

Até o livrinho jurado do Dr. Ulysses sabe que nem tudo que se diz numa CPI,  é verdade.

O disse-me-contaram virou jogo no distanciamento social dos grupos familiares de WhatsApp.

Os objetivos são, pegar o maior número de mentirosos e anular quem faz do picadeiro eletrônico, palanque eleitoral.

Ganha pontos quem descobrir o significado do que foi apresentado, antes dos comentários dos especialistas em tudo da Globonews e das galegas sabidas da CNNBrasil.

A  primeira fase está aberta e ainda não foi decifrada.

A tarefa é descobrir como os  participantes da CPI conseguem guardar jejum quase absoluto?

A não ser um pequeno intervalo de quinze minutos para um lanche, frente às câmeras, não se tem visto movimentos mastigatórios em plenário.

Isto é muito sério. E instigante.

Se ninguém explicar como aqueles senhores, exceção do ex-delegado capixaba, sem ingerir uma mísera bolacha, parecem tão bem nutridos, vai ser preciso convocar as mulheres barradas no baile, para, sob juramento, declararem como conseguiram, em temporada passada, fazer diferente.

Em flashback,  reavivar experiências anteriores para  que o churrascão do capitão  não acabe em pizza.

Ou perrengue. Quiçá, baixaria vagabunda.

Mesmo as ex-senadoras que tenham sido transferidas para a câmara baixa ou governança de algum estado do Nordeste, terão de fazer um exercício de memória e lembrar,  em detalhes, o fatídico 11 de julho de 2017.

A reforma trabalhista foi aprovada, os milhões de empregos no Posto Ipiranga não apareceram (há quem culpe a pandemia) e a sociedade continua sem ter as respostas do que realmente ocorreu no escurinho, debaixo daquela imensa chávena emborcada.

Quem cortou a luz? Foi apagão? Foi geral? Foi a Neoenergia?

Pode-se iniciar um núcleo de discussão, se diante de fato tão relevante, não seria pertinente rever a  privatização das estatais do setor elétrico.

O povão também quer saber.

Se aqueles objetos arredondados sobre a mesa diretora, eram mesmo quentinhas ou se guardam semelhanças com as marmitas.

Em caso da dúvida persistir, que se convoque um representante da empresa Marmitex para  emitir parecer técnico.

Se o pagamento pela refeição não balanceada foi feito com dinheiro público.

Ou verba indenizatória.

Se as altas temperaturas que esses vasilhames constumam suportar não terão estragado o móvel de mogno. Ou sucupira.

E quanto do patrimônio público foi delapidado pela falta de sousplats.

Se a carne do espetinho estava dura para justificar tamanhas embocadura e careta da nobre senadora.

Ou porque não foi usada a tenra picanha do mito.

CPI é assim mesmo.

Parece crônica de aprendiz.

Depois que começa, ninguém sabe como vai parar.

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