DE GUEDES PARA HADDAD, COM CLASSE
Sem fugir à regra nem à natureza do cargo, o Ministro Fernando Haddad está procurando uma fórmula mágica que concilie aumentos de gastos com mobília nova e empregos para a companheirada, com o equilíbrio das contas.
Não precisa ser nenhum graduado em cursinho de Economia de dois meses, nem da ajuda do colega que passava as colas nas provas, para concluir que novos impostos resolvem o elementar problema.
Há dois anos, sem nenhuma vocação para poste, seu antecessor liberava uma das suas doces idéias para melhorar a vida dos brasileiros.
O chicago boy defendia mais impostos sobre o que antes, desde tempos delfinianos, foi batizado de supérfluo.
Como nada é imprescindível, tudo pode virar luxo.
Até as bebidas açucaradas, consumidas pelos de hábitos pouco salutares.
Não escapariam nem as adoçadas artificialmente.
Mesmo as zero e light.
Mais de 40 países já sobretaxavam os refrigerantes, o que havia reduzido o consumo e obrigado as grandes coca-colas & companhias da vida, a procurar outros líquidos mais saudáveis e igualmente viciantes.
E a cervejinha, como sói acontecer em Portugal, estava na mesma lista dos açucarados.
O capitão-presidente, prevendo a reação negativa da turma do futevôlei em frente ao Vivendas da Barra, mandou o Guedes tungar outros bolsos.
Ou bolsas.
Que não fossem as de valores. Nem de mercadorias.
Podendo ser as Louis Vuitton, made in Paraguay.
Agora é chegada a hora da Ministra Simone Tebet mostrar serviço, e lembrar outros itens do vestuário feminino a serem especialmente sobretaxados.
Só não pode entrar no rol, as blusinhas de seda Misci, nem as rasteirinhas Hermès da Dona Janja.