7 de maio de 2024
Imprensa Nacional

Decisão de Alexandre Moraes foi motivada por risco de empresários patrocinarem atos antidemocráticos

Uma semana depois de a Polícia Federal ter realizado uma operação de busca e apreensão contra oito empresários bolsonaristas que trocaram mensagens golpistas num grupo de WhatsApp, o ministro Alexandre de Moraes, que autorizou a ação policial, tornou pública sua decisão.

Em 32 páginas, Moraes acata argumentos da PF sobre o risco de os empresários patrocinarem atos antidemocráticos em uma eventual derrota de Jair Bolsonaro nas urnas.

“O poder de alcance das manifestações ilícitas fica absolutamente potencializado considerada a condição financeira dos empresários apontados como envolvidos nos fatos, eis que possuem vultosas quantias de dinheiro, enquanto pessoas naturais, e comandam empresas de grande porte, que contam com milhares de empregados, sujeitos às políticas de trabalho por elas implementadas”, diz Moraes.

Esse cenário, portanto, exige uma reação absolutamente proporcional do Estado, no sentido de garantir a preservação dos direitos e garantias fundamentais e afastar a possível influência econômica  na propagação de ideais e ações antidemocráticas”, segue o ministro.

Ainda no despacho, Moraes afirma que as buscas são necessárias para verificar a veracidade das mensagens.

O ministro justifica o bloqueio de contas bancárias como uma forma de evitar que os empresários financiem grupos bolsonaristas defensores de atos antidemocráticos.

Os indícios trazidos aos autos revelam a necessidade de bloqueio de contas bancárias que possam financiar a organização criminosa, sendo importante destacar, conforme representação da autoridade policial, que “os envolvidos não negam a autoria das mensagens, o que demonstra a necessidade das ações ora propostas para que o Estado não se fie somente em informações de fontes abertas e consiga aprofundar para completo esclarecimento dos fatos”, diz Moraes.

Fonte: Veja 

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