Drauzio Varela; o bom exemplo (ainda) inspira o Brasil
Uma matéria do Fantástico de ontem, na Globo, mostrou o médico Drauzio Varella visitando detentas transgêneras e travestis em presídios masculinos.
O médico, que há décadas atua como voluntário em penitenciárias por todo o país, emocionou a internet com sua abordagem humana sobre tema tão delicado:
“Há uma pressão para que a trans seja considerada marginal o tempo todo”, lamentou Drauzio em um momento da matéria. Em uma das entrevistas, o médico se levantou para abraçar a presa quando ela contou que não recebia visitas 8 anos. …
Apesar de jogar luz sobre o preconceito e a violência que as pessoas trans sofrem no sistema penitenciário,Dr. Drauzio também deu espaço para um bom exemplo: um presídio em Igarassu (Pernambuco) que separou uma ala para as presas trans e permite que elas usem a roupa que quiserem.
Após a exibição da matéria, o nome de Drauzio foi parar nos Trending Topics, a lista de assuntos mais comentados no Twitter.
Os internautas elogiaram a atitude solidária do doutor, que definiram como “um homem à frente do seu tempo”,”homem perfeito”, “o presidente ideal”, houve até quem oferecesse seu pulmão ao médico/comunicador – caso fosse acometido por Coronavírus.
Na carência de mitos e ídolos vivos, seja na política, esporte ou religião, Dr. Drauzio inspira por sua simplicidade e verdade. Mais. Por sua dedicação e devoção reta, sem querer/pedir nada em troca.
Hoje, em entrevista ao Estadão falou um pouco sobre sua vida pessoal. Respondeu com a sabedoria que só os sábios têm, a de quem descobriu que o verdadeiro sentido da vida é o outro, é servir:
É essa aqui (o trabalho). Fora disso eu corro, escrevo. São as atividades lúdicas que tenho. Isso me deixa num bom ponto de equilíbrio.Entre 10 e 20 km. Chegando perto das maratonas eu corro mais. A próxima é no mês que vem, em Londres. Já corri as outras cinco grandes mundiais – Chicago, Boston, Nova York, Tóquio, Berlim. Eu espero conseguir Londres. Não é fácil.
Nos falta mais dessa humanidade centrada, que enxerga o outro como outro, respeitando as diferenças e dando as mãos em busca de uma saída que ilumine a vida do maior número de pessoas, sem julgamentos, com o intuito de fazer o bem pelo bem.
Há uma fagulha de esperança na humanidade.