Em quem vota o senador Styvenson para presidente da Casa?
A eleição para presidência do Senado tem muitas peculiaridades a se comparar com outras, como a da Câmara Federal ou outras Casas Legislativas.
O senador eleito Rogério Marinho (PL) é marinheiro de primeira viagem lá, mas já participou de situações semelhantes ao longo de sua carreira política. Inclusive quando presidiu a Câmara Municipal de Natal em 2006.
De lá para cá, muita mudança no conteúdo e forma. A pressão e transparência das redes sociais talvez a maior variante.
O eleitor, claro, segue com seus sonhos, carências e expectativas.
Contando com o maior partido do Senado, o apoio incondicional do presidente Jair Bolsonaro, Marinho já sentiu que o trabalho de formiguinha, conquistando voto a voto será o caminho a trilhar. O tal convencimento.
Porque no Senado não há que falar em apoio fechado de partido A ou B, da base ou oposição.
A motivação do voto é peculiar, de cada um dos 80 eleitores, que pode ser da base, mas ter afinidade com o discurso do outro candidato.
Assim, contando hoje com cerca de 28 votos já anunciados, precisando conquistar mais 13, a sua vitória é plausível e até admitida por conhecedores do xadrez, como o presidente do PSD Gilberto Kassab, do adversário Rodrigo Pacheco.
(Kassab tem vazado um plano B para o senador mineiro em caso de derrota, a indicação para o STF, o maior dos sonhos.)
Nesse convencimento nome a nome, o senador do Rio Grande do Norte, Styvenson Valentim (Podemos) ainda é uma incógnita.
Eleito pela onda bolsonarista em 2018, votou contrário a escolha de seu partido em 2019, quando entre Simone Tebet e Rodrigo Pacheco, preferiu o candidato do presidente da República à época. Cravou no mineiro.
Agora, o senador Valentim deve conversar com Marinho nos próximos dias e, certamente, deixar para anunciar sua escolha pertinho do pleito. Como fez, aliás, na vitória de Pacheco.