3 de maio de 2024
Coronavírus

ENQUANTO O LOBO NÃO VEM

550A73CE-0967-4A52-A04C-3E3919D18334O hospital de campanha já pronto para o  primeiro banho de mar e o outro prestes a ser inflado no campo de futebol, não custa nada lembrar nossas autoridades sanitárias para os cuidados com o grupo mais vulnerável.

Em Nova Iorque, um terço das mortes acontecem em abrigos de velhos ou nos hospitais para onde os velhos são levados.

Na Itália, os primeiros a morrer foram os velhos. De coronavírus. Depois, foram os velhos. De inanição. Solitários em seus apartamentos. Esquecidos. Eram velhos.  Só.

Em São Paulo, o luxo do Sancta Maggiore não os protegeu.

Juntos, eles são mais frágeis.

E aqui, enquanto a situação está sob controle?

Além da retórica repetida e das solidárias referências nas notas e decretos oficiais, qual  a estratégia?

Dá pra ser diferente.

Dá pra fazer diferente.

Nossa tradição é cuidar  bem dos velhos.

Enquanto podemos, os mantemos em casa.

Na quarentena tem mais gente em casa para cuidar deles.

Aqui, abrigo é exceção.

É o nosso way of life.

Quantos lares geriátricos foram visitados pelos técnicos que inundam de gráficos e números aterrorizantes os programas de TV?

Sabiam que mesmos nas família substitutas, o isolamento é necessário e as atividades em grupo devem ser suspensas?

Custa pouco, convocar as famílias biológicas  para levá-los para suas casas.

Enquanto os doentes não chegam (e serão eles mesmos, mais debilitados, os primeiros) levem os velhos sem famílias, para o hotel.

Isolados, alimentados, não irão precisar de remédio tóxico nem de leito de UTI em hospital de verdade.

Vocês não dizem que prevenir é melhor?

A propósito, desculpem a sinonímia espartana.

Idoso,  é a ponte que caiu.

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