2 de maio de 2024
Política

ESCROTOS PODERES

 

77797944-3753-4F8C-B713-7D320AE60273De uma coisa não se pode acusar o capitão-presidente.

De não ser cartesiano.

Que não tenha a sua verdade e dela não arrede o pé. Nem a pau.

Um homem de ideias próprias. Que não abre nem pra um caminhão carregado de Fanta.

A não ser o barbeiro do Méier, ninguém faz sua cabeça.

Poucos sabem o que se passa por trás daquela franja à moda germânica, além das tempestades difíceis de organizar.

A maratona cívica que alcançou picos de audiência antes registradas somente por novelas estreladas por Odorico Paraguaçu e Roberto Jefferson, tem sido analisada de vários ângulos e interesses partidários.

Não fosse o termo trazido à tona, às câmeras e lares cristãos, não se poderia entender a semiótica nem a liturgia das apresentações.

Sem escrotizar, não dá pra entender bulhufas.

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O ministro fujão, não precisou falar em arrependimentos. Estava na cara.

Pareceu o último a saber que estava sem clima naquela turma.

Nunca desconfiou que quando chegava numa rodinha, mudavam de assunto.

Tão cedo, já esqueceu seus tempos de juiz fodão (olhem que avisei) e conversou demais. Muita coisa difícil de provar depois. O que só se fala nos autos.

Data venia dos ilustres leitores forenses, pra desatar tanto nó, vai ter que  invocar a doutrina do domínio de fato.

Se tiver a sorte de pegar, lá na frente, um ex-colega adepto da teoria da cegueira seletiva, pode ser que descole um prêmio de delação.

Ou um lugar de vice, numa chapa de centro-direita.

Sob merecido panelaço, a réplica presidencial foi mais performática e emblemática.

Começou com a ordem unida.

Perfilados, seguindo a  marcha do ainda comandante.

Todos cientes da coreografia e dos seus lugares.

Estilo Domingão do Faustão. Sem dancinha.

Misóginos e racistas no pasarán!

Damares, Dona Teresa Cristina e Hélio Negão estavam lá pra isso.

Uma discriminação anotada.

Por que o filho deputado pôde e o vereador não?

Ele que até de Rolls Royce já desfilou.

O RN presente.

Em referências testemunhais, Parnamirim e Mossoró.

Além da figura pouco notada do ministro conterrâneo. Por questão de enquadramento das câmeras. E estatura.

Há quem tenha também decifrado uma evocação oculta, na escolha do verbo polêmico.

Aos que não captaram, uma pista de quem é especialista.

Preto.

Susto deu o novato da Saúde.

No fundão, pareceu que ia cair antes do colega da Economia.

Abria a boca, fechava os olhos, balançava de um lado pro outro. Teve quem notasse  sua tez pálida, como a de Mick Jagger.                                          Ainda bem que o tele-diagnóstico de turica não se confirmou.

Era só muita força pra não dormir em pé e pra mostrar que não está sendo fácil substituir o Mandetta.

A caráter mesmo quem compareceu foi Guedes, que quarentena é coisa séria.

Do jeito que foi tirado da cadeira-do-papai e da Netflix.

Não esqueceu a máscara. A única entre tantos infectados já com seus anticorpos protetores.

Viroticamente correto, deixou os sapatos do lado de fora da porta.

Só não manteve o distanciamento, por culpa do cerimonial e o riso, por motivos óbvios.

Elogiado ao vivo,  Weintraub que recebeu o selo de qualidade padrão ouro e a garantia que fica até o abismo final.

Na certa, por cumprir a dupla jornada.

Acumulando a de Roque eletrônico, na animação da manada remota, levantando a placa  avisando a  hora de tuitar.

A grande ausência foi a mais atrevida.

Mesmo lembrando da gordinha de Glicério, de homenagear a sogra e a mãe da sogra, de cassar o atestado de insanidade mental do Adélio, de querer ferrar o porteiro, mandar um alô pro Queiróz e espalhar a galinhagem do Zero4, esqueceu da gripezinha.

É muita escrotice junta.

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